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Segunda - 12 de Abril de 2010 às 09:14
Por: Téo Meneses

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Desvio de recursos enviados à Funasa envolveu várias pessoas, até ligadas a políticos
Desvio de recursos enviados à Funasa envolveu várias pessoas, até ligadas a políticos

O juiz federal José Pires da Cunha prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária de 27 acusados de desviar R$ 51 milhões da Fundação Nacional da Saúde (Funasa). Também revogou a prisão de quatro pessoas e mandou para a cadeia um suspeito que não tinha o nome aparecido até então na operação Hygeia, da Polícia Federal.

José Pires da Cunha tomou as decisões na condição de juiz plantonista, já que o caso vinha sendo acompanhado pelo juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva.

O único que não tinha sido preso e teve a temporária decretada foi Celino Henrique Lugon Fraga, que teve a prisão indeferida inicialmente por Julier assim como outras 10 pessoas que ainda poderão ser presas. Celino é ligado ao prefeito de Timóteo (MG), Geraldo Hilário, e diretor comercial do Instituto Idheas, que teve dirigentes presos acusados de participar de desvios de recursos.

Tiveram revogadas as prisões e já ganharam a liberdade Ídio Nemésio de Barros Neto, chefe do setor de Logística da Funasa de Mato Grosso, Rodrigo Guerra Duarte (ligado à Prefeitura de Timóteo (MG) e ao instituto Idheas), Francenylson Luiz Dantas dos Santos (atuou como contador do Idheas) e Williames Pimentel de Oliveira (ex-diretor-geral do Departamento de Administração da Funasa).

Ídio foi o primeiro a ganhar a liberdade na noite de sábado. De acordo com as investigações da Polícia Federal, ele atuou como substituto do coordenador regional Jossy Soares em diversos procedimentos administrativos investigados pela Controladoria-geral da União (CGU). Em grande parte dos processos foram apontadas irregularidades a partir da dispensa ilegal de licitações.

Sob autorização de Jossy Soares e no período em que Ídio assumiu interinamente o cargo em 2005 chamou atenção a contratação da Intertours Turismo.

A empresa é apontada como uma das peças fundamentais para os desvios e, só naquele ano, fechou contrato para fornecimento de automóveis com preço 34% superior a contratos similares firmados pela própria Funasa. A revogação da prisão de Ídio, no entanto, se deu porque ele já foi ouvido pela PF e a sua liberdade não poderia comprometer as investigações.





Fonte: A Gazeta

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