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MT Eleições 2014
Sábado - 10 de Abril de 2010 às 15:45
Por: Marcia Andreola

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A senadora Serys Slhessarenko cobrou “mais responsabilidade” por parte da direção do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso. Segundo ela, o presidente do PT, Carlos Abicalil, “deveria ter mais sensibilidade e tentar ouvir a voz das bases do partido” que consideram as prévias “inoportunas” e “prejudiciais” aos interesses da eleição de Dilma Rousseff a presidente. “Ainda temos uma semana e acredito que haverá um entendimento pela reeleição, que é natural” – disse. As prévias estão marcadas para o dia 18 e vai decidir quem será o candidato do PT ao Senado.

Serys voltou a lamentar que o grupo ligado ao deputado Abicalil insista em levar adiante a disputa interna. Para ela, a forma como Abicalil, Alexandre César e Saguas Moraes se colocam diante do partido “não deixa alternativas” a não ser a disputa e o acirramento interno.  “Insisto: nunca fui e jamais serei contraditória. Estou avaliada entre os 10 melhores senadores da República e tenho o direito dessa reeleição” – disse a senadora petista.  

Para a senadora,  “somente um mandato popular e de grandes realizações em favor da sociedade mato-grossense” qualifica o Partido dos Trabalhadores a seguir com o projeto da reeleição – dela ao Senado e do próprio deputado federal Carlos Abicalil para Câmara dos Deputados. “Se alguém tivesse trabalhado mal, eu até entenderia. Mas não é isso. O que estão querendo fazer é desvirtuar um processo absolutamente natural da reeleição. Não sou eu quem está sangrando o PT, mas a sua direção, que não ouve o desejo do partido” – disse.

Serys lembrou, durante entrevista a vários jornalistas em Cáceres, que vários diretórios do partido já firmaram posição contrário às prévias, em encontros municipais – considerados a mais alta esfera de deliberação. Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, entre outros diretórios, já encaminharam pedido em favor do entendimento, passando pela reeleição.

De acordo com a senadora, a avaliação do grupo de Abicalil está equivocada. A tese, segundo ela,  não se sustenta. “É muita pretensão alguém vir a público e dizer que tem condições de fazer mais pelo partido que outro. É um “encastelamento” de quem cultua o poder absoluto. O PT jamais, em sua história, agiu assim” – criticou.

Serys também negou que o episódio envolvendo a prisão do empresário Valdebran Padilha – taxado de “aloprado” por ter sido um dos pivôs de um escândalo que por pouco não causou maiores estrados à eleição do presidente Lula – seja benéfica nesse processo de prévias. Padilha, outrora, teria consideráveis ligações com o deputado federal Carlos Abicalil.  “O Governo do presidente Lula tem sido próspero no combate a corrupção em todos os níveis. Nada fica embaixo do tapete. E, de minha parte, espero que mais esse escândalo, envolvendo desvio de dinheiro da Funasa, seja devidamente apurado e os culpados colocados na cadeia. Seja quem for” – disse.






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