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Sábado - 10 de Abril de 2010 às 09:22

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A vereadora Regiane Rodrigues de Freitas, de Colíder (a 650 quilômetros de Cuiabá), voltou a negar ontem ter integrado o esquema de tráfico de drogas no Nortão pelo qual foi presa em 2009, na operação “Tribuna do Pó”, da Polícia Civil. Em audiência na Câmara Municipal da cidade, a única coisa que Freitas admitiu ao Conselho de Ética da Casa foi ter sido usuária de drogas e, somente por conta do vício, ter conhecido pessoas apontadas pela polícia como traficantes.

Após ter sido presa junto a outras nove pessoas, a parlamentar foi indiciada no ano passado pelo crime de tráfico de drogas na região norte do Estado pelo delegado Sérgio Ribeiro Araújo. A audiência tomou toda a tarde de ontem e havia sido marcada para que os vereadores decidam se houve quebra de decoro parlamentar por parte de Freitas, o que ensejaria processo para cassação de mandato. Ela está sendo mantida presa em uma cela especial da Polícia Civil.

Sobre o envolvimento com drogas, ela novamente refutou a acusação de que, de alguma forma, financiasse o tráfico ou mantivesse qualquer atividade criminosa junto a eles. A única relação que teve com traficantes, reforçou, foi em um período turbulento de sua vida, durante o qual começou a fazer uso de drogas. Entretanto, ela explicou já ter se arrependido e procurado ajuda para o vício por meio de clínica de reabilitação. Segundo presentes na Câmara, a fala da vereadora foi tranquila e ela se apresentava com um bom aspecto, diferente das aparições anteriores. Sua família a esperava nos corredores, tal como a imprensa.

A relação que a polícia faz da parlamentar ao tráfico de drogas está baseada nas provas materiais com que a investigação trabalhou. A polícia aponta que Freitas atuava com um papel secundário na companhia de Aline Marques da Silva, Leandro Aparecido da Silva e Rafaele Rodrigues dos Santos, todos presos pela polícia. Toda a investigação havia começado com Rafaele, a primeira a ser monitorada pela polícia, ainda em março. Foi constatado que a droga distribuída na região de Colíder era comprada por Rafaele em Cáceres e chegava, também a Sorriso, em pequenas quantidades.

Segundo a polícia, nada suspeito foi encontrado com a vereadora no momento de sua prisão, mas grandes quantidades de droga com pessoas próximas a ela (que também é advogada) foram suficientes como provas materiais de sua participação no narcotráfico. Por aproximadamente seis meses, Freitas teria atuado, criminosamente, cedendo veículos, receptando e distribuindo drogas, e quitando dívidas de um traficante com outro. (RD)






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