Convenção, em junho, decide o rumo da sigla. Grupo Pró-Mauro acredita em avanço e os favoráveis a Wilson dizem ter maioria para referendar apoio
Apoio do PPS a Mauro Mendes segue indefinido
A batalha travada entre os principais líderes do PPS de Mato Grosso, para selar aliança no Estado com o PSDB ou com o PSB, só será definida em convenção da legenda, em junho deste ano. Caberá aos delegados do partido decidir se o PPS apoiará o candidato tucano, ex-prefeito Wilson Santos ou o líder do Movimento Mato Grosso Muito Mais, empresário Mauro Mendes (PSB). Ontem, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, em entrevista ao Diário, acentuou o discurso de que se a deliberação no Estado for pelo respaldo ao PSB, a decisão terá que passar pela anuência da Executiva nacional.
Freire liderou ontem a reunião da Executiva nacional, realizada em Brasília, que contou com a cúpula do PPS estadual. No evento, o presidente do diretório regional, Percival Muniz, tentava antecipar a posição de abertura da nacional para o apoio a Mauro Mendes. Entretanto, a presença do grupo do partido favorável a aliança com os tucanos em Mato Grosso, liderado pelo primeiro-vice-presidente da direção estadual, Ivan Evangelista, assegurou o adiamento da decisão.
Freire reiterou novamente que a nacional do partido não aceitará posição do PPS nas unidades federativas que não seja de respaldo total ao presidenciável, ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB). No entanto, admitiu a possibilidade de em Mato Grosso ser confirmado o apoio a Mauro Mendes, se for aprovado em convenção estadual. “Os estados têm autonomia para definir o apoio aos candidatos ao governo, mas não se admite outra posição que não seja a de respaldo ao PSDB. Na convenção o partido pode fechar com o prefeito Wilson Santos ou com o outro candidato (Mauro Mendes) mas nesse caso terá que passar pela anuência da Executiva nacional”, referendou Freire.
Freire recebeu anteontem, numa reunião reservada, Percival Muniz e o candidato do PSB, Mauro Mendes. Na ocasião o presidente estadual e o líder da chapa apresentaram as argumentações para a formação da aliança entre o PSB, PPS e o PDT no Estado. Preferindo manter posição de neutralidade, Freire preferiu atenuar sua defesa pela composição com o PSDB em Mato Grosso – alertando que o partido só não aceita a falta de apoio ao presidenciável José Serra.
Ivan Evangelista comemorou a posição da Executiva nacional. Ele assegura que a maioria dos delegados eleitos em congresso estadual do PPS, realizado em agosto de 2009, é ligada a ele. Dessa maneira, ele conta desde já com uma eventual vitória sobre a posição de Percival Muniz. Também defensor da aliança com os tucanos, o secretário-geral do partido, Elismar Bezerra, também participou da reunião. A comitiva do Estado foi ainda representada pelo primeiro-secretário da Executiva estadual, Wagner Simplício e ainda o segundo-vice-presidente do PPS, suplente de deputado federal Eduardo Moura.
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