Trabalhadores do ensino privado começam discussões
O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (SINTRAE-MT), que representa professores e auxiliares administrativos do ensino privado, vai se reunir na próxima semana com o sindicato patronal (Sinepe-MT) para dar continuidade à negociação coletiva. A primeira reunião entre os sindicatos aconteceu na terça-feira (6), entre o presidente do Sinepe, Gelson Menegatti, a presidente do SINTRAE-MT, Nara Teixeira, e a secretária geral do sindicato laboral, Jiordana Nascimento.
Na ocasião, foi apresentado ao sindicato dos estabelecimentos o percentual de reajuste reivindicado pelos trabalhadores, de 10% sobre o salário e 15% sobre o piso salarial. O SINTRAE-MT argumenta principalmente quanto aos pisos menores, que quase se equiparam a salário mínimo.
Outro tema discutido foi a unificação dos pisos da Educação Básica. A limitação de alunos em sala de aula é outra proposta feita pelo SINTRAE-MT, visando, principalmente, preservar a saúde do trabalhador. A quantidade de alunos deve ser fixada de acordo com as decisões tomadas na Conferência Nacional de Educação (CONAE), e nas normativas do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso.
Os trabalhadores também reivindicam que seja estabelecida uma multa por atraso de salário e concedida licença para que os pais possam acompanhar os filhos ao médico.
E pedem que a titulação, que hoje é concedida somente aos docentes, seja estendida também aos auxiliares administrativos. O Plano de Carreira, uma exigência do Ministério da Educação para as instituições de Ensino Superior, é outro ponto de pauta.
O sindicato laboral reivindica que as férias dos professores sejam concedidas no mês de janeiro, o que permitira mais tempo de descanso para quem atua em mais de um estabelecimento.
Menegatti sugeriu que os dois sindicatos reúnam-se para promover seminários e atividades sobre saúde do trabalhador.
Os trabalhadores negociam também a regulamentação da hora-atividade, período em que o professor passa preparando aulas ou corrigindo provas, e que hoje não é regulamentado nem remunerado, gerando excesso de trabalho e refletindo diretamente sobre a saúde do trabalhador.
Nesta negociação é possível que as pautas, com exceção do reajuste salarial, sejam negociadas para terem validade de dois anos. As reivindicações dos trabalhadores serão discutidas pela diretoria do Sinepe – MT.
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