A Polícia Federal e o MPF solicitaram a prisão de 46 pessoas à Justiça Federal. O juiz Julier Sebastião da Silva acatou 35 pedidos e pediu mais informações dos supostos atos ilícitos de 11 pessoas
Mais 11 pessoas podem ser presas pela PF na Operação Hygea
Onze novas prisões podem ser decretadas pelo juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, por irregularidades em licitações e contratos envolvendo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e prefeituras do Estado. No despacho assinado em 5 de abril, o magistrado acatou os pedidos contra 35 suspeitos, mas ponderou que não havia indícios suficientes de participação de 11 para prendê-los. Diante disso, ele solicitou mais esclarecimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público. “O foco da investigação é o desvio de recursos públicos na Funasa, mediante irregularidades em licitações, em contratos administrativos e assim por diante", disse Julier, em entrevista ao MTTV 2ª edição, da TV Centro América.
Nesta quinta (8), as pessoas detidas na Operação Hygea foram transferidas para a carceragem polinter, em Cuiabá, dentre elas o coordenador afastado da Funasa em Mato Grosso, Marco Antonio Stangherlin, o presidente do Instituto Creatio, Luciano de carvalho Mesquita, o ex- prefetio de Santo Antônio do Leverger, Faustino Dias Neto (DEM), o secretário regional e o tesoureiro do PMDB, Rafael Belo Bastos e Carlos Roberto Miranda, respectivamente.
Outros políticos também são investigados. Parte dos presos teriam ligações com os deputados federais Carlos Bezerra (PMDB), Carlos Abicalil e com a senadora Serys Marly, ambos do PT. "Tinha um núcleo de agentes políticos que era responsável basicamente pela intermediação das contratações. Então eles sabiam para onde estavam direcionadas as emendas e direcionavam aquelas empresas para determinados orçamentos onde eles sabiam que havia um saldo que poderia ser usado dessa forma", disse a delegada responsável pelo inquérito, Heloísa Alves Albuquerque.
Como as prisões temporárias de cinco dias podem ser prorrogadas por igual período, os advogados de defesa recorrem ao TRF da 1ª Região na tentativa de liberar os clientes a partir de liminares. Parte dos suspeitos pode receber a delação premiada caso colaborem com mais provas.
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