Nivaldo Gomes foi dono do primeiro serviço de moto-táxi de Diamantino e chegou a assumir uma cadeira na Câmara em 2004
Suplente de vereador é acusado de ordenar homicídio em Arenápolis
O suplente de vereador Nivaldo Gomes de Souza (DEM) foi preso nesta quarta-feira (07) num lava-jato de Arenápolis – cidade em que ocupa a função – sob acusação de ser o mandante de um homicídio cometido na cidade em 23 de dezembro do ano passado. O nome da vítima não foi revelado, mas fontes policiais informam que o crime está relacionado à agiotagem. Além dele, foi preso em Nova Mutum o autor material do assassinato, Jonathan Carlos de Oliveira. A ação foi desencadeada pelo serviço de inteligência da PM, em parceria com a Polícia Civil, que lhe atribui a autoria de outros oito homicídios, todos por encomenda.
Após prestar depoimento, Jonathan negou ser matador de aluguel, mas não lembra sequer o nome da sua última vítima e nem soube explicar porque liquidou um homem que sequer conhecia. “Não sei dizer porque matei esse cara. O que tiver de ser vai ser. Se eu tiver que viver, vou viver, se tiver que morrer, vou morrer. É assim”, resumiu o acusado. A Polícia não tem dúvidas de que ele é um “elemento de alta periculosidade”, nas palavras no capitão PM Fernando. Segundo o oficial, “todos os informes que recebemos confirmam que ele é pistoleiro”. “Há razões de sobra para o mandado de prisão expedido”, acrescentou. Ele deve ser julgado por homicídio qualificado, previsto no inciso I do art. 121 do Código Penal, para o qual se prevê de 12 a 30 anos de prisão.
O mandante também responderá pelo mesmo crime. Nivaldo Gomes de Souza foi dono do primeiro serviço de moto-táxi de Diamantino e chegou a assumir uma cadeira na Câmara Municipal de Arenápolis em julho de 2004, quando a vereadora Yone Medeiros estava de licença médica. Na ocasião, ele prometeu honrar a memória de seu pai, Cícero Francisco de Souza, que foi vice-prefeito e Prefeito da cidade.
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