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Nacional
Quinta - 08 de Abril de 2010 às 15:10
Por: Márcio Falcão

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A senadora Fátima Cleide (PT-RO) saiu em defesa nesta quinta-feira do capítulo do 3° Plano Nacional de Direito Humanos que trata da "garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero" e prevê o apoio a projeto de lei que trate da união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Para justificar sua posição, a senadora criticou a vitória do lutador Marcelo Dourado na 10ª edição do programa BBB (Big Brother Brasil), da TV Globo, a quem chamou de "síntese da homofobia". A petista ainda afirmou que outro participante Dicesar, homossexual assumido, recebeu mais de 11.000 ameaças ao deixar a casa.

Fátima Cleide disse que é importante que o governo mantenha a questão da união civil de homossexuais na proposta para incentivar a formação de uma nova cultura.

"[Dourado] expressa o machismo, a síntese do que é a homofobia. Aqui [Congresso], nós ouvimos pronunciamentos dizendo que não existe homofobia no Brasil. É preciso rever isso. Nós recebemos uma denúncia de que após a conclusão do programa, outro participante, o Dicesar já recebeu cerca de 11.000 mil ameaças de morte via vários meios de comunicação como orkut, twitter", disse.

Para a senadora, o Congresso precisa assumir a frente da luta contra a homofobia. "Isso [as ameaças] expressam o ódio que boa parte do país sente em relação aos homossexuais. Não é mais possível conviver com a omissão do Legislativo. Ninguém quer casamento, matrimonio, o que as pessoas esperam e o reconhecimento da parceira civil", disse.

Seis comissões do Senado realizaram hoje uma audiência pública com o ministro Paulo Vanucchi (Secretaria Especial dos Direitos Humanos) para tratar do 3° Plano Nacional de Direito Humanos. Um grupo de trabalho foi criado pelo governo para elaborar anteprojetos sobre os temas do plano que serão encaminhados ao Congresso.






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