Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 08 de Abril de 2010 às 07:22

    Imprimir


Lourival Fernandes/DC
Deslocamento até o Distrito não compensa para quem está no Centro.
Deslocamento até o Distrito não compensa para quem está no Centro.

A trajetória dos preços do álcool hidratado vem se mantendo em ritmo descendente nos últimos dias com o início da safra de cana-de-açúcar em Mato Grosso. Conforme o mercado previa, o reflexo imediato do aumento da oferta foi a queda dos preços.

No centro de Cuiabá, vários postos já vendem o combustível por preços abaixo de R$ 1,70. E, na região do Distrito Industrial, às margens da BR-364, há revenda comercializando o litro do hidratado a R$ 1,49.

“Estamos apenas acompanhando a concorrência”, disse um funcionário do posto que pediu para não ser identificado. Segundo a fonte, o posto decidiu baixar os preços assim que a concorrência optou por vender o álcool por um preço mais barato. “Não tínhamos outra opção. Como estamos na mesma região tivemos de reduzir os preços para segurar os clientes e manter as vendas”.

A promoção, contudo, tem mais validade para quem mora próximo à região do Distrito ou passa pelo local. Segundo os motoristas, a distância entre o posto e a região central da cidade não permite deslocar até ao local para abastecer. “São mais de 15 quilômetros. Para ir até lá, vou gastar pelo menos dois litros de álcool, ou R$ 3,20. Se abastecer 40 litros terei um prejuízo de R$ 1,20 com o deslocamento, uma vez que a minha economia em abastecer naquele posto será de apenas R$ 2”, diz o motorista Lucas Ribeiro, residente no bairro Alvorada.

Para Carlos Henrique, do bairro Dom Aquino, a “viagem” não compensa. “Realmente é muito longe, só se estiver passando por ali mesmo. Sair daqui para abastecer no Distrito Industrial é prejuízo, pois a margem de lucro é mínima e sequer cobre a despesa do deslocamento”.

VAREJO - Independentemente de uma eventual “guerra de preços” que esteja ocorrendo na região do Distrito Industrial, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo) acredita que a tendência é o preço do etanol na bomba cair.

“O início da moagem de cana-de-açúcar já começou e este ano, assim como nos anos anteriores, não será diferente. As usinas vão ofertar mais produto na medida em que suas contas foram vencendo. Com maior oferta do produto os preços vão cair para as distribuidoras e para os postos e quem vai sair ganhando será o consumidor”, diz o presidente do sindicato, Aldo Locatelli.

Segundo ele, “tudo vai depender, logicamente, da situação [financeira] das usinas”, lembra. “Poderemos ter álcool por até R$ 1,30, R$ 1,40 o litro até o final do mês”.

Na avaliação dos postos, trajetória de queda dos preços deve continuar por conta da safra de cana-de-açúcar, cujo encerramento está previsto para novembro.

GASOLINA – Outro produto que vem apresentando queda nos preços é a gasolina. Em Cuiabá, os preços médios oscilam em torno de R$ 2,68, porém, em alguns pontos da cidade o combustível é encontrado por até R$ 2,54, caso da região do Distrito Industrial.

De acordo com Fernando Lima, que gerencia um posto com a bandeira Petrobras, a queda já era prevista. “Estamos apenas repassando os preços com a diferença vinda da distribuidora”, explicou ele.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/136924/visualizar/