Próximo a completar três séculos, a Capital de Mato Grosso ainda tem muitos desafios para enfrentar a demanda populacional e de estrutura
Cuiabá sob os olhos dos mandatários
Aos 291 anos, a Capital de Mato Grosso é vista como uma cidade em ascensão. Ao fazer projeções futuras de Cuiabá é quase unanimidade imaginá-la no caminho da prosperidade. Mas, para prosperar, crescer e se desenvolver de forma igualitária, de modo que todos desfrutem do anunciado “alto índice de desenvolvimento humano”, é preciso harmonia entre os poderes e, principalmente, que os poderes funcionem plenamente.
Ao longo dos anos, a cidade vem incorporando as mais diversas culturas e tradições, sem deixar desaparecer o jeito cuiabano. Na política não é diferente. Levantamento informal revela que mais da metade dos representantes públicos da população cuiabana são oriundos de outras cidades e Estados - o que a população local chamaria de “pau rodado”.
O fato é visto com naturalidade por quem vive na cidade. Prova disso são os próprios mandatos, legitimados pelos votos da população. Foi com o intuito de provocar uma reflexão a algumas figuras públicas - filhos da terra ou imigrantes – que, em comemoração ao aniversário da cidade, este Diário fez o seguinte questionamento: O que Cuiabá merece para os próximos anos?
“O melhor presente seria asfalto para todos. Isso é o que a população espera, é qualidade de vida”, analisa o vereador Ivan Evangelista (PPS). O parlamentar prevê que a cidade irá crescer a ponto de ser chamada a “metrópole da Amazônia e do Pantanal”. “Temos que começar a pensar que daqui a 20 anos, a cidade poderá ter três milhões de habitantes”, disse o socialista.
O vereador republicano Francisco Vuolo aposta no fortalecimento da tradição, história e respeito à diversidade cultural presente em Cuiabá. “Estamos muito próximos de abrir os braços para o mundo durante a Copa 2014. É o momento para aprimorarmos os serviços de saúde, educação e mobilidade urbana”, antecipa o vereador.
A Copa do Mundo também foi citada pelo vereador Paulo Borges (PSDB) como instrumento de desenvolvimento. Para ele, o mundial fortalece o ritmo de crescimento porque agregará aos investimentos do município mais recurso estadual e federal. “A Capital não é auto-suficiente. Um evento como a Copa traz novos investimentos. Espero que, nos próximos cinco anos, a cidade cresça proporcionalmente à importância que exerce no contexto econômico de Mato Grosso”, aponta o tucano.
Mato-grossense de Alto Garças, o presidente da Câmara, vereador Deucimar Silva (PP), diz que não só Cuiabá, mas todo o Brasil tem uma importante meta de acabar com a corrupção. “Eliminando a corrupção, conseguiremos impulsionar o crescimento da cidade”, avalia o progressista. Deucimar lembra que crescimento e desenvolvimento representam mais recursos públicos que devem ser geridos com responsabilidade.
Chefe do Executivo, o prefeito Chico Galindo (PTB) preferiu não se limitar às questões estruturais. “Infraestrutura é obrigação da prefeitura. Desejo que Cuiabá continue sendo essa cidade maravilhosa que recebe todos de braços abertos. E que dá oportunidades a todos que desejam ficar por aqui, assim como eu”, disse o prefeito que é natural de Martinópolis/SP e está na capital há 14 anos.
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