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Economia
Quinta - 08 de Abril de 2010 às 05:41
Por: Marcondes Maciel

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Economistas advertem: está cada vez mais difícil ganhar dinheiro e poupá-lo, no entanto, está fácil gastar
Economistas advertem: está cada vez mais difícil ganhar dinheiro e poupá-lo, no entanto, está fácil gastar

O consumidor mato-grossense continua se endividando, porém sem descuidar deixar de honrar o pagamento das prestações. Segundo dados divulgados ontem pelo Sistema Crediconsult, da Federação das Associações Comerciais do Estado de Mato Grosso (Facmat), o saldo do endividamento da população mato-grossense no primeiro trimestre deste ano caiu 10,75% em relação a igual período de 2009. O levantamento aponta que o saldo das dívidas recuou de R$ 4,133 milhões, no primeiro trimestre do ano passado, para R$ 3,689 milhões no período de janeiro a março de 2010. O levantamento da Crediconsult reúne informações de mais de 10 mil empresas filiadas ao banco de dados em Mato Grosso.

De acordo com o diretor do Crediconsult, Jonas Alves de Souza, a redução do nível de endividamento significa que o consumidor está mais consciente e procurando planejar os gastos antes de fazer uma compra. “Notamos que o consumidor está procurando honrar seus compromissos, por isso registramos uma queda no saldo do endividamento este ano”, analisa. Ele atribui a redução à empregabilidade da população, estabilidade econômica, melhora no poder aquisitivo e planejamento dos gastos.

Por outro lado, o comércio também vem procurando se precaver dos maus pagadores, utilizando os instrumentos de proteção ao crédito via consultas aos órgãos de restrição. “A população está com sede de consumo e o comércio também quer vender. Mas é preciso ter cautela na hora de analisar a situação cadastral do consumidor e aprovar o crédito”, alerta.

A queda do saldo do endividamento surpreendeu os lojistas, que esperavam aumento no nível de inadimplência geral do consumidor, comum no primeiro semestre devido às compras de Natal e fim de ano. Esta tendência foi registrada nos últimos anos devido às facilidades de crédito, queda nas taxas de juros e recuperação do poder de compra da população. “Sem uma análise rigorosa do cliente antes de conceder o crédito, a empresa corre o risco de ampliar o crédito inadimplente na praça”, alerta Jonas Alves.

Segundo ele, de um modo geral houve uma melhora sensível na economia do Estado, com a retomada dos investimentos e a expansão do agronegócio. “Os consumidores também tiveram condições favoráveis para as negociações, o que permitiu restabelecer o crédito para novas compras”, observou.

CONTROLE - Segundo os economistas, a maioria dos consumidores não faz orçamento e planejamento dos gastos. Na opinião do economista Paulo Pereira, o orçamento mensal hoje é uma necessidade. “Temos uma realidade que mostra que está muito difícil ganhar dinheiro, ao mesmo tempo em que é muito fácil e rápido gastar o que se ganha. Por isso a população não pode entrar na onda do consumismo sem planejamento”, diz.

Ele dá algumas dicas para a população evitar gastos desnecessários e fugir das dívidas. “A primeira receita é fazer um planejamento financeiro doméstico com um plano de contenção de gastos, priorizando somente o necessário. Deve-se também evitar cair na onda do consumismo exagerado e fazer compras por impulso. Na área da alimentação, só comprar produtos básicos, de primeira necessidade, e aproveitar as promoções das lojas”.

No lado financeiro, o economista recomenda trocar as dívidas de custo alto, como cartão de crédito e cheque especial, por parcelamentos através de CDC´s, com custo menor e parcelas fixas. “É proibido recorrer a empréstimos de custos elevados e o crédito fácil oferecido pelas financeiras e cartões de crédito”, recomenda.






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