Declaração é uma resposta a Pedro Taques, que é contra aliança do PDT com progressistas
"Veto é burrice e PP está aberto ao diálogo", diz Riva

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), afirmou, nesta quarta-feira (7), que o PP está aberto ao dialógo para formação de alianças e que não "veta" ninguém, por entender que tal atitude é uma "burrice".

O parlamentar se referiu às recentes declarações do pré-candidato ao Senado, Pedro Taques (PDT), que tem se posicionado contra aliança entre o seu partido e o grupo político de Riva, alegando "coerência".

"O veto em política é uma decisão burra e não vou vetar ninguém por entender que essa não é a política que a sociedade quer. O povo quer resultados. Em política deve-se extrair do candidato o que ele pode dar, para contribuir com o Estado. Torço para que o Pedro Taques seja útil e possa ajudar Mato Grosso a resolver os gargalos", afirmou Riva, em entrevista ao programa "Cidade Independente", da Rádio Cidade.

José Riva afirmou que não tem nada contra Pedro Taques, mas lembrou que, em 2002, o então procurador  da República cometeu "alguns excessos", segundo ele, com "declarações irresponsáveis".

"O que sempre critiquei foi à fala irresponsável do procurador, quando ele disse que a Assembleia tinha comprado calçinhas. E isso não é verdade. Tratava-se de uma empresa de locação de aeronave, que mudou sua razão social e, partir daí, deixamos de contratar os serviços. Tanto que não existe nenhum processo que trate das calçinhas. Foi um excesso que me trouxe prejuízos políticos", disse o parlamentar.

Aliança

Segundo Riva, a discussão de apoio político somente terá início após se exaurirem os debates sobre a possibilidade de uma candidatura majoritária, no âmbito do PP. Ele revelou que uma nova rodada de conversações está marcada para quinta-feira (8), quando serão discutidos os projetos do partido e a possibilidade de uma candidatura ao Governo do Estado ou ao Senado.

"A discussão sobre candidaturas majoritárias ainda não foi esgotada. Esse debate precisa ser exaurido para que possamos iniciar as discussões sobre apoio. Temos uma proximidade maior com o governador Silval Barbosa. No entanto, não fechamos as portas para nenhum partido. Entendo que temos que marcar posição, e não ficar omisso no processo eleitoral", afirmou o deputado.