Como vírus da influenza H1N1 é mutável, imunização deve ter calendário parecido com o que acontece na gripe sazonal, para idosos
Vacinação contra gripe A deve acontecer todos os anos
Para se prevenir contra a influenza H1N1, conhecida como gripe suína, a pessoa deve se vacinar todo ano. O Ministério da Saúde pretende repetir a campanha anualmente, assim como é feita na vacinação da gripe sazonal para idosos, além de aumentar os grupos de risco.
Por enquanto, na rede pública, podem ser imunizadas apenas aquelas pessoas incluídas nos grupos de risco, como gestantes, pessoas com doenças crônicas, entre outros. Quando a vacinação estiver disponível na rede privada, pessoas de qualquer idade poderão se vacinar, incluindo idosos e crianças acima de 2 anos.
Diferente dos postos de saúde onde a vacina é gratuita, o valor da dose nas clínicas particulares não será tão acessível. Estima-se que o preço pode chegar a R$ 90. Na Capital, muitas clínicas só estão aguardando a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para oferecer a vacina.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a procura aos locais de vacinação está baixa na Capital. Porém, os profissionais da saúde alertam que quem teme a vacina contra a gripe H1N1 pode ficar tranquilo, porque ela é eficaz e segura, além de não ter contra-indicações. “As reações são as mesmas de outras vacinas, como dor local, sonolência e até febre”, afirmou a enfermeira Raquel Jorge Cabral, da unidade de Saúde Ana Poupina, no bairro Dom Aquino.
Em casos raros, a vacina pode provocar reações neurológicas e alergias graves, mas não há registro desses efeitos colaterais. Em Cuiabá, a coordenadora de Vigilância, Doenças e Agravos, Ivanete Fortunato, relatou que foram notificados sete casos de reações. “Todos os casos foram considerados normais”, disse.
O médico Francisco Souto, que integra o Núcleo de Doenças Infecciosas e Tropicais do Hospital Júlio Müller, explicou que o vírus da influenza H1N1 sofre mutação rapidamente, por isso a necessidade da vacina ser anual. “Com o surgimento de novas variedades de vírus, a cada ano são incorporados às vacinas novos componentes de defesa do organismo”, esclareceu.
Atualmente, duas etapas da campanha nacional de imunização estão em andamento: a segunda, prorrogada até o dia 23 deste mês para a imunização de gestantes, bebês de 6 meses a 2 anos de idade e portadores de doenças crônicas, como diabetes, por exemplo. A outra é para jovens de 20 a 29 anos, os mais acometidos pela doença no ano passado, que também segue até dia 23. Os grupos-alvos devem procurar as unidades básicas de saúde para obter a vacina.
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