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Economia
Quarta - 07 de Abril de 2010 às 03:11
Por: Marianna Peres

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Tarifa 2,55% mais barata
Tarifa 2,55% mais barata

Pela segunda vez nos últimos três anos, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou mais um índice de reajuste negativo para a Centrais Elétricas Mato-grossenses S/A. Durante reunião extraordinária realizada ontem, ficou definido um percentual negativo médio de 2,55% ao Estado, o que na prática implica na redução do custo do quilowatt consumido, deságio em relação ao ajuste de 2009 e conta mais barata.

O novo percentual entra em vigor amanhã, dia 8, aniversário de Cuiabá e pode de fato ser recebido como um presente. Conforme nota emitida pela Cemat, as unidades instaladas em baixa tensão, como as residências, sofrerão deságio de 2,59%. E para os consumidores atendidos em alta tensão, como as indústrias, o reajuste médio negativo é de 2,47%. (Veja detalhes no quadro ao lado).

O cliente da concessionária que mantiver o consumo inalterado perceberá a diferença na conta de energia nos próximos 30 dias.

A diretoria da concessionária aguarda a resolução homologatória do reajuste tarifário que será publicada hoje, no Diário Oficial da União, para se manifestar em relação ao deságio. No mês passado, a Cemat havia encaminhado à Aneel pleito de um reajuste de 9,92%, mas a diretoria da Agência concedeu percentual negativo. A resolução trará os índices de reajuste e o valor do quilowatt/hora (kWh) para cada classe de consumo (residencial, residencial baixa renda, industrial, comercial, rural, poder público, serviços públicos e iluminação pública).

No ano passado o reajuste médio foi positivo em 13% e em 2008, ano da revisão tarifária periódica – aplicada a cada quatro anos e que substitui o reajuste anual – o percentual deliberado foi de -8,08%. A Cemat atende 992.350 unidades consumidoras em 141 municípios de Mato Grosso.

Ontem, além da Cemat, a diretoria deliberou o reajuste anual da Enersul (Mato Grosso do Sul), alta de 2,58% e da Cemig (Minas Gerais), com variação negativa de 1,48%.

INDÚSTRIA – O segmento industrial mato-grossense foi pego de surpresa com o anúncio de deflação sobre a energia. “Justamente no momento em que a economia voltar a reaquecer e a indústrias projetam expansão, chega essa boa notícia”, aponta o diretor da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira. Segundo ele, a expectativa era de alta em torno de 5%, mas a revisão das regras para o reajuste aplicadas pela Aneel demonstra transparência no processo e revela ainda que nosso modelo é feito de maneira segura. “E é de segurança que vive o ambiente de negócios”.

O diretor explica ainda que com a deflação sobre a energia, um dos grandes custos das indústrias, o segmento ganha em escala: “O primeiro pela redução em si do custo e depois porque aumenta sua produção, sem ampliar na mesma proporção o custo com a matriz energética”. A expectativa da Fiemt é de que o segmento tenha uma expansão de 13% em 2010.

A maior parte das indústrias no Estado é altamente dependente da energia elétrica, como as plantas que processam produtos do agronegócio, e as dos segmentos metal-mecânica, como também o comércio e serviços.

SEM FALHAS - As novas tarifas anunciadas em 2010 incorporam os efeitos da nova metodologia proposta no Termo Aditivo aprovado pela Aneel na reunião de diretoria do dia 2 de fevereiro deste ano. Isso

Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais.






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