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Internacional
Terça - 06 de Abril de 2010 às 10:36

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Uma série de ataques contra prédios residenciais na capital do Iraque, Bagdá, matou pelo menos 35 pessoas e feriu outras 130 nesta terça-feira, de acordo com a polícia iraquiana.

Alguns dos prédios atingidos pelas explosões desabaram e as pessoas ficaram presas nos escombros. Todos os locais atacados ficavam em áreas de maioria xiita da capital iraquiana.

De acordo com o correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir, os ataques desta terça-feira ocorreram apenas dois dias depois de outra série de ataques suicidas ter atingido uma área perto das embaixadas na capital e matado pelo menos 41 pessoas.

As explosões dos últimos dias encerraram um período de calma relativa no Iraque depois das eleições parlamentares de março.

Bombas caseiras

Os responsáveis pelos ataques detonaram bombas caseiras e carros carregados de explosivos em sete atentados pela cidade, de acordo com militares.

Segundo Jim Muir, pelo menos três bombas foram detonadas nos subúrbios ao norte da capital, uma no centro da cidade e outras três no sul de Bagdá.

O ponto em comum em todas as áreas atacadas, de acordo com o correspondente da BBC, era o fato de os moradores serem xiitas. Muir acrescenta que, ao atacar áreas xiitas, os responsáveis parecem querer retomar a violência sectária que atingiu o país em 2006 e provar que podem atacar em qualquer lugar do Iraque.

Ao contrário das explosões contra as embaixadas ocorridas no domingo, os ataques de hoje não foram suicidas.

O correspondente afirma que, depois dos ataques de domingo, as ruas de Bagdá ficaram desertas e o clima de ansiedade aumentou no país, com todos esperando mais explosões.

Com os ataques desta terça-feira, o clima de tensão no Iraque vai aumentar ainda mais, afirma Muir.

O correspondente acrescenta que existe no país o temor de que os problemas enfrentados pelos políticos para a formação de um novo governo possam deixar um vazio no poder, que poderá ser aproveitado pelos insurgentes.

A eleição do mês passado deu vitória ao ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, mas ainda não foi acertada a formação do novo governo do país.






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