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Saúde
Terça - 06 de Abril de 2010 às 10:22

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A anestesia é cada vez mais indispensável na área da saúde. Dela dependem cirurgias e diversos procedimentos médicos, trazendo mais conforto e segurança para o paciente. Apesar de envolver muita tecnologia, e ser bastante segura, como tudo na medicina envolve riscos. Uma consulta prévia  com o anestesiologista, a realização de exames pré-operatórios, a escolha correta do tipo de anestesia a ser empregada no paciente, além de um bom equipamento de anestesia com toda a monitorização indicada são  alguns elementos-chave, explica o dr. Desiré Carlos Callegari, presidente da  Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP).

“Se os cuidados com todos os aspectos que envolvem a realização do ato anestésico-cirúrgico forem tomados, e sendo o procedimento realizado em hospital ou clínica que disponha de todos os recursos, aliado a um profissional da especialidade bem preparado, uma intercorrência relacionada à anestesia pode ser revertida e ter um final feliz. Mas em certos casos, esta intercorrência pode ser causa de uma complicação orgânica do paciente, que a despeito de todo esforço e competência do médico anestesiologista, pode não ter um resultado desejável”.

O especialista explica que não há como realizar teste para se ministrar um ato anestésico, pois o próprio teste com os medicamentos usados pelo anestesiologista poderia levar a complicações indesejáveis. “Uma anamnese bem realizada pode detectar, na história do paciente, antecedentes que sinalizam prováveis complicações que podem ocorrer. Assim poderemos evitar a administração de determinados fármacos ou adotarmos estratégias para a condução da anestesia”.

O medo, portanto, costuma ter origem no aspecto psicológico da perda da consciência e, por conseguinte, da sua autonomia. “Alguns pacientes não se sentem confortáveis ao depositar suas vidas nas mãos de outra pessoa, além  dos riscos que o procedimento anestésico-cirúrgico pode resultar. Nestes casos, o paciente deve ser esclarecido em todas as suas dúvidas, o que certamente o deixará mais tranqüilo e confiante no procedimento que irá realizar”, afirma dr. Desiré.

Para o sucesso da anestesia, o paciente tem papel fundamental. Procurar por um médico qualificado, em local adequado, e de preferência dentro de  ambiente hospitalar são alguns itens muito importantes. “A formação ideal para o médico que vai aplicar anestesia inclui a graduação em medicina e uma pósgraduação de três anos em residência médica reconhecida pelo Ministério de Educação e Cultura e/ou Sociedade Brasileira de Anestesiologia, sendo conferido ao profissional o título de especialista. A atualização é efetuada pelos programas de educação continuada realizados pelas sociedades de especialidades, por meio de congressos, cursos e publicações”.

Em termos de segurança a anestesiologia brasileira pode ser considerada boa em comparação com a praticada em países de ponta, analisa o médico. “A anestesiologia brasileira tem tradição de contínua preocupação com a segurança do paciente. A começar pela estrutura de formação de novos especialistas, com a organização e avaliação dos Centros de Ensino e Treinamento em todo o país, o compromisso com a educação continuada e atualmente com recertificação dos especialistas”.






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