Percival Muniz está convicto de que PPS vai liberar alianças
Presidente do diretório regional do PPS, deputado estadual Percival Muniz afirmou ontem que é praticamente certa a “abertura” da direção nacional do seu partido para a consolidação das alianças nos estados – com partidos que não seguem a linha política adotada pela Executiva nacional da sigla. Com tom enfático, disse que em Mato Grosso não existe a possibilidade de a sigla respaldar o projeto tucano com a candidatura ao governo do ex-prefeito Wilson Santos.
Para convencer o presidente da nacional do PPS, Roberto Freire, em encontro da Executiva nacional, marcado para o dia 9 deste mês, Percival vai munido de argumentos. Segundo ele, além de Mato Grosso o impasse sobre as costuras políticas é vivenciado em mais 10 estados. Percival lembrou ainda que a posição da nacional, de apoio ao candidato à presidência, governador de São Paulo, José Serra, “diz respeito a política do cenário nacional” – e que não possui reflexo nas unidades federativas.
Para reforçar sua posição em relação ao quadro estadual, Percival explicará para Freire que no Estado o projeto do PPS não possui ligação alguma com o programa do PSDB. Em suma, o líder do PPS estadual vai apresentar várias exposições sobre a diferença da política adotada pelos tucanos no Estado em relação ao projeto da nacional do PSDB. Ele acrescentou ainda que as propostas desenvolvidas pelo movimento Mato Grosso Muito Mais estão interligadas com as defesas feitas pelo partido no Estado. Muniz é um dos articuladores do movimento.
Para sustentar sua posição no Estado, Percival destacou que parte de um pequeno grupo do partido tem postura divergente da direção estadual. O dirigente partidário foi enfático ao assegurar que o partido, em Mato Grosso, precisa ter a segurança de selar uma composição onde a sigla possa conquistar maior representatividade, além de criar ambiente mais propício a uma eventual participação no governo.
O movimento Mato Grosso Muito Mais é liderado pela candidatura ao governo do empresário Mauro Mendes (PSB). O bloco conta com partidos como o PSB e o PDT e o respaldo de Percival. Após o encontro nacional, será realizada reunião, no dia 15 deste mês, no auditório da Assembleia Legislativa, onde o partido deverá definir o rumo a ser seguido em relação às eleições de 2010.
O presidente do PPS estadual destacou também que confia numa posição justa da nacional do partido. Ele entende que um veto as alianças nos estados, caso não sigam a aliança nacional, poderá criar um ambiente desolador para a legenda – levando inclusive o partido a sofrer prejuízos eleitorais.
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