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Cidades/Geral
Terça - 06 de Abril de 2010 às 06:49
Por: Joanice de Deus

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O uso das polêmicas pulseiras coloridas de silicone por adolescentes se tornou uma preocupação para as autoridades públicas. Em Várzea Grande, o vereador Toninho do Glória, líder da bancada do PV, apresentou, na Câmara Municipal, um projeto que proíbe nas escolas da rede municipal o uso do acessório, que teria significados sexuais e cada cor determina um grau de intimidade. Daí a denominação “pulseiras do sexo”.

“O projeto é uma forma de proteger nossas adolescentes. Hoje, o índice de violência sexual contra menores de 18 anos é grande e, muitas vezes, a menina usa a pulseira na inocência, porque acha bonito e não sabe dos riscos. O objetivo é evitar que casos de violência envolvendo essas pulseiras, principalmente entre a população estudantil”, disse o vereador.

O projeto ainda passará pela apreciação dos parlamentares. Se aprovado, prevê ainda que as direções das escolas chamem os pais para explicar as razões da adoção da medida. “A idéia é que as escolas façam um trabalho de conscientização com os pais, pois há muitos que desconhecem os significados dessas pulseiras nos braços das suas crianças”, comentou.

A moda teve início na Inglaterra e se disseminou pelo mundo, principalmente pela internet, onde existem várias comunidades que abordam exclusivamente o assunto. O problema não são as pulseiras em sim, mas a conotação sexual. Quem usa a pulseira colorida participa automaticamente de um tipo de jogo denominado “Snap”. Na prática, funciona da seguinte maneira: as meninas colocam várias pulseiras coloridas no pulso e os rapazes tentam arrebentá-las. A cor representa uma “prenda”, que vai desde um abraço (amarela) até ao sexo (preta). No Paraná, toda essa incitação sexual em cima do acessório fez uma vítima. Lá uma menina de 13 anos foi estuprada por quatro rapazes e, segundo a polícia local, o crime teve como motivação as pulseiras coloridas.

Na Grande Cuiabá, o uso do acessório chegou no fim do ano passado e também virou mania entre a garotada. “Na escola muitas meninas que usavam pararam depois que viram o significado delas na internet”, disse uma estudante de 17 anos, que preferiu não divulgar o nome. No seu braço, porém, havia duas pulseiras coloridas em linha, que poderiam ser confundidas com as de silicone. “É só para melhorar o visual, as pessoas é que dão uma conotação ruim para as coisas, não tem nada de mais”, disse.

Nos estabelecimentos que comercializam o produto, os vendedores afirmam que a venda das pulseiras caiu significativamente depois que os significados de cada cor começaram a ser divulgados mais amplamente pela internet. Os preços também caíram. O produto, que antes custava R$ 1,50, hoje, dependendo da quantidade, pode ser encontrado por R$ 0,80.

As cores têm os seguintes significados: amarelo é para conceder um abraço; rosa, para mostrar o seio; laranja, por uma “dentadinha” de amor; roxa dá direito a um beijo com língua; vermelha, a um “lap dance” (dança erótica); verde, a sexo oral praticado pelo rapaz, e a azul, praticado pela menina; branca dá direito a garota a escolher o que preferir e, por fim, a preta, ao sexo propriamente dito.






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