Kamilla Lock, de 20 anos, estava no Alabama para estudar, onde pretendia fazer faculdade. Estava de carona na motocicleta de um colega
Estudante de Cuiabá morre em acidente de moto nos EUA

A estudante cuiabana Kamilla Lock, 20 anos, morreu num acidente de trânsito nos Estados Unidos. Kamilla morava há oito meses na cidade de Montgomery, estado do Alabama, onde fazia intercâmbio cultural e, em maio deste ano, deveria começar a fazer faculdade.

A morte dela ocorreu na quinta-feira da semana passada, dia 1º de abril, numa free-way, rodovia de alta velocidade como algumas existentes nos grandes centros do Brasil. Ela seguia para o trabalho de carona na moto de um colega. O rapaz, de acordo com informações de familiares de Kamilla, está em coma em um hospital americano.

Sem muitas informações sobre o que aconteceu com a filha e com dificuldades para trazer o corpo para o Brasil, os pais da estudante, Carlos e Brígida Lock, decidiram enviar o filho mais velho, Karlos Lock, para os Estados Unidos.

No início da noite de ontem, Karlos embarcou rumo ao Alabama na tentativa de apurar a morte da irmã e tentar viabilizar os meios necessários para o translado do corpo.

Entretanto, por causa dos altos custos dos serviços de transporte e tratamento para conservação do corpo, estimados em mais de US$ 200 mil, a família acredita que será obrigada a fazer o sepultamento de Kamilla na cidade de Montgomery.

Muito abalada com a morte da filha, Brígida conta que a filha tinha muitos planos. Em maio faria novamente o Toefle (exame de proficiência na língua inglesa) para entrar na faculdade. Ela pretendia fazer Administração ou algo na área de linguística.

Antes disso, ela viria ao Brasil para comemorar o aniversário do filho, Carlos Henrique, que completará três anos no dia 23 deste mês. O menino mora em Cuiabá com os avós.

Dois dias antes do acidente, Brígida conversou com a filha. Animada, conta a mãe, Kamilla falava da felicidade de poder entrar para a faculdade. “Mãe, quero estudar, me estabilizar e, depois trazer meu filho”, dizia ela para a mãe.

Em resposta, Brígida disse à filha que quando isso acontecesse viveria um dia feliz e ao mesmo tempo muito triste. “Estarei feliz por você ter atingido seus objetivos e triste porque levará nosso menino, mas ele é seu filho e estará com você”, completou.

Amanhã, às 19 horas, será celebrada a missa de sétimo dia do falecimento de Kamilla na Igreja Mãe dos Homens, na rua Cândido Mariano, ao lado da praça Santos Dumont. No Orkut da estudante e no site YouTube há uma série de homenagens feitas por amigos do Brasil e nos Estados Unidos.