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MT Eleições 2014
Segunda - 05 de Abril de 2010 às 10:10
Por: Patrícia Sanches

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O ex-procurador da República e pré-candidato ao Senado Pedro Taques (PDT) diz que tem consciência de que vai ser procurado por empresários e políticos que devem pedir “favores” em troca de ajuda financeira para o seu projeto político. Mesmo assim, enfatiza que até agora isso não ocorreu e que é possível sim fazer campanha sem dever favores. “Não sou o último grão de soja desse cerrado. Já fiz coisas erradas e não me orgulho, mas eu me sinto preparado para enfrentar essa luta. Nós temos que entender que a política tem que ser mudada. É possível ter uma pré-candidatura dentro da legalidade. Mato Grosso tem um território imenso, mas há mecanismos lícitos para se fazer isso”, declarou Pedro Taques, durante entrevista ao programa CBN Cuiabá, da Rádio CBN, apresentado pelo analista político Alfredo Menezes e pelo jornalista Davi de Paula.

Taques reconheceu também que terá dificuldades para estar no mesmo palanque que algumas pessoas do PP. A declaração foi feita numa referência ao presidente da Assembleia José Riva (PP). Segundo o ex-procurador, isso seria perder a “identidade”. “Perco meu patrimônio que é a coerência. Dentro do partido tenho direito a voz, vou me posicionar. Além disso, não sou obrigado a ser candidato em absolutamente nada”, afirmou Taques. Logo em seguida, foi perguntado se há possibilidade dele desistir de sua disputar uma cadeira no Senado. “Não vou trabalhar com possibilidade”, disse de forma categórica o ex-procurador da República.

Ele descartou também interferência do ex-governador Blairo Maggi (PR) junto ao presidente Lula para impedir sua candidatura por meio do Ministro do Trabalho Carlos Lupi, presidente do PDT. “Maggi não faz esse tipo de jogo rasteiro, penso que ele é democrático. Como existe essa fofoca perguntei a Lupi e ele garantiu que o PDT quer a minha pré-canditatura”, disse Taques, que anunciou a vinda do ministro a Cuiabá no próximo dia 12. Ele destacou também que internamente não há nenhum problema já que o primo de Blairo, Erai Maggi (PDT) já o comunicou que não disputará a vaga internamente. “Até o ex-governador Blairo Maggi, não sei porque, disse que também que ele (Erai) não disputará a vaga”, cutucou.

O ex-procurador da República entende que há uma grande dificuldade em se aprovar projetos, mas analisa que no Senado é o único lugar onde São Paulo e Mato Grosso são iguais, numa analogia de que é o espaço ideal para se conseguir mudanças que beneficiem o Estado. 

Entre as questões pontuadas por Taques está a Reforma Tributária. Segundo ele, é necessário rever o dinheiro que é destinado aos municípios. “As cidades tem muitas atribuições e poucos recursos”. Ele promete ainda mexer em algumas “feridas” como é o caso da reforma política. Defende, por exemplo, o voto distrital e a implementação de um novo sistema onde alguns projetos possam ser resolvidos na Câmara Federal. Quer também acabar a imunidade parlamentar e foro privilegiado. “Além disso, precisamos melhorar a saúde, a educação, enfim ter um Mato Grosso muito mais”, faz trocadilho numa referência ao projeto político Mato Grosso muito mais, encabeçado pelo empresário Mauro Mendes (PSB).





Fonte: RD News

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