Queda foi de 64% este ano, quando foram demandados 182,160 mil metros cúbicos do produto que atendeu exclusivamente os veículos
Consumo de gás natural despenca no bimestre
O presidente da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), Helny de Paula, credita a ausência da operação da Usina Termelétrica Governador Mário Covas, no Distrito Industrial, como um dos fatores para as retrações significativas no consumo.. A usina está há cerca de 2 anos e 7 meses sem operar. O impasse, desde agosto de 2007, é porque não há contrato para fornecimento firme de gás natural para a geração elétrica.
Desde janeiro, o contrato de transporte de gás natural mínimo para abastecer postos de combustíveis é renovado emergencialmente. O atual vence no dia 30 deste mês.
Helny diz não haver problema no abastecimento do produto para a MT Gás. Em relação à termelétrica, opina, somente a Petrobras teria condição de fornecer volume suficiente da matriz energética. Ele diz que não cabe à companhia se pronunciar a respeito de eventual acordo entre a térmica e a estatal brasileira, mas que o ex-governador Blairo Maggi e o governador Silval Barbosa têm acompanhado e somado esforços para regularizar o fornecimento.
O diretor-presidente da Empresa Pantanal Energia (EPE), que administra a usina, Fábio Garcia, informa que a empresa aguarda sinalização do governo boliviano para resolver a oferta. "Estamos na espera de autorização da Bolívia para permitir que a Petrobras faça fornecimento de gás natural para Mato Grosso". O executivo diz ainda que há paralelamente "tratativas comerciais com a Petrobras para viabilizar a retomada da operação" da termelétrica. Em abril de 2008, diz Garcia, por conta de situação emergencial do Sistema Interligado Nacional (SIN), a usina precisou operar com diesel e despachou em média 200 megawatts (MW).
A confiabilidade junto à opinião pública e ao consumidor é a principal questão envolvida no fornecimento de uma energia como o gás natural, analisa o engenheiro responsável pela GNV/MT Distribuidora de Gás Natural, Francisco Jammal Soares de Almeida. Prova, diz, é que entre 2005 e 2008 havia consumo crescente do produto. "Por força do preço, hoje é altamente vantajoso abastecer com gás. Em relação ao álcool a economia é de 60%".
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