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Diretor da unidade diz que apenas R$ 700 mil em serviços são comprados pelo SUS, apesar da capacidade de R$ 1,5 mi
Metade do HUJM é inutilizada
O Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), referência em diversos atendimentos e cirurgias no Estado, está sendo subutilizado. Com um contrato de apenas R$ 700 mil por mês com o Sistema Único de Saúde (SUS), a unidade hospitalar tem capacidade para oferecer até R$ 1,5 milhão mensais em serviços.
Porém, o contrato com o SUS é o mesmo desde 2005. Segundo o superintendente da HUJM, José Amaral, esta é uma situação equivocada já que a prefeitura deveria, primeiramente, comprar os serviços do hospital, que é público, e, depois, de outras unidades filantrópicas ou privadas.
Para José Amaral, muitas filas de espera poderiam diminuir, caso todos os serviços de assistência médica oferecidos pelo hospital fossem comprados pelo SUS na Capital. “Dos 130 leitos, 20 estão inativos”, informou. Além da Saúde municipal, o hospital tem convênio com o Estado, que garante o funcionamento das UTIs.
Mesmo sem atender a população em algumas áreas, o hospital é bastante procurado pela população cuiabana e do interior. Em 2009, foram feitos 258.258 exames laboratoriais, 62.143 consultas médicas, 25.167 exames de imagem, 2.679 cirurgias, 3.723 internações, entre outros procedimentos na unidade. “A capacidade de atendimento do hospital é muito maior, mas nem todos os serviços são comprados pelo SUS”. O superintendente lembra que o hospital também é referência em recursos humanos. No campo de formação, o Júlio Müller conta com mais de 60 médicos residentes, distribuídos em nove cursos de residência, além de diversos profissionais nas mais variadas áreas da saúde.
GESTORES - Enquanto a diretoria do HUJM fala da subutilização dos serviços, os gestores da rede pública de saúde de Mato Grosso e do município de Cuiabá são unânimes ao dizer que o governo federal precisa ampliar os recursos destinados ao Sistema Único de Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Maurélio Ribeiro, é enfático ao dizer que os serviços só podem ser contratualizados de forma responsável e em cima das verbas disponíveis. “Tem que ser feito com responsabilidade até para não inviabilizar a unidade (HUJM)”.
O secretário de Saúde do Estado, Augustinho Moro, aponta ainda que o governo estadual tem convênio com o Júlio Müller para funcionamento de unidades de tratamento intensivo, além de ceder 80 servidores. “Mas, a União tem a sua obrigação, tem que colocar mais recursos. O hospital é federal”, frisa.
Por outro lado, a possibilidade de aumentar os aportes financeiros destinado ao HUJM não é descartada. Tudo dependerá da Programação Pactuada Integrada (PPI), cujas discussões vêm sendo realizadas pelo Estado e gestores municipais e que se estenderão até abril próximo.
“Vamos sentar com todos os municípios para discutir as necessidades de cada um e com o Hospital Júlio Müller e todos os conveniados como o Bom Jesus, Santa Helena, Santa Casa, Hospital do Câncer, Geral, além do Pronto-Socorro Municipal”, afirmou Ribeiro. “Vamos fazer o cálculo e pleitear o teto financeiro (ao Ministério da Saúde)”.
Atualmente, o teto para a Capital é de R$ 9 milhões. “Estamos pleiteando R$ 18 milhões”, informou. Para todo o Estado, o repasse para média e alta complexidades é de R$ 330 milhões, divididos entre as 141 cidades mato-grossenses. Por outro lado, Maurélio Ribeiro lembra que assim como o HUJM outras unidades hospitalares conveniadas ou contratadas também reivindicam o incremento.
Como exemplo são citados o Hospital Geral Universitário, que quer aumentar de R$ 2 milhões para R$ 4 milhões, e a Santa Casa de Misericórdia, de R$ 1,1 milhão para R$ 1,4 mi. “Só que esses valores têm que ver de onde vão sair”, disse.
Ao dizer que o Júlio Muller tem muitas peculiaridades, Ribeiro garantiu que o termo de cooperação técnica assinado semana passada prevendo a realização de consultas e procedimentos especializados da média e alta complexidades devem ser solicitados ao HUJM. Um deles é o de broncoscopia.
Porém, o contrato com o SUS é o mesmo desde 2005. Segundo o superintendente da HUJM, José Amaral, esta é uma situação equivocada já que a prefeitura deveria, primeiramente, comprar os serviços do hospital, que é público, e, depois, de outras unidades filantrópicas ou privadas.
Para José Amaral, muitas filas de espera poderiam diminuir, caso todos os serviços de assistência médica oferecidos pelo hospital fossem comprados pelo SUS na Capital. “Dos 130 leitos, 20 estão inativos”, informou. Além da Saúde municipal, o hospital tem convênio com o Estado, que garante o funcionamento das UTIs.
Mesmo sem atender a população em algumas áreas, o hospital é bastante procurado pela população cuiabana e do interior. Em 2009, foram feitos 258.258 exames laboratoriais, 62.143 consultas médicas, 25.167 exames de imagem, 2.679 cirurgias, 3.723 internações, entre outros procedimentos na unidade. “A capacidade de atendimento do hospital é muito maior, mas nem todos os serviços são comprados pelo SUS”. O superintendente lembra que o hospital também é referência em recursos humanos. No campo de formação, o Júlio Müller conta com mais de 60 médicos residentes, distribuídos em nove cursos de residência, além de diversos profissionais nas mais variadas áreas da saúde.
GESTORES - Enquanto a diretoria do HUJM fala da subutilização dos serviços, os gestores da rede pública de saúde de Mato Grosso e do município de Cuiabá são unânimes ao dizer que o governo federal precisa ampliar os recursos destinados ao Sistema Único de Saúde.
O secretário municipal de Saúde, Maurélio Ribeiro, é enfático ao dizer que os serviços só podem ser contratualizados de forma responsável e em cima das verbas disponíveis. “Tem que ser feito com responsabilidade até para não inviabilizar a unidade (HUJM)”.
O secretário de Saúde do Estado, Augustinho Moro, aponta ainda que o governo estadual tem convênio com o Júlio Müller para funcionamento de unidades de tratamento intensivo, além de ceder 80 servidores. “Mas, a União tem a sua obrigação, tem que colocar mais recursos. O hospital é federal”, frisa.
Por outro lado, a possibilidade de aumentar os aportes financeiros destinado ao HUJM não é descartada. Tudo dependerá da Programação Pactuada Integrada (PPI), cujas discussões vêm sendo realizadas pelo Estado e gestores municipais e que se estenderão até abril próximo.
“Vamos sentar com todos os municípios para discutir as necessidades de cada um e com o Hospital Júlio Müller e todos os conveniados como o Bom Jesus, Santa Helena, Santa Casa, Hospital do Câncer, Geral, além do Pronto-Socorro Municipal”, afirmou Ribeiro. “Vamos fazer o cálculo e pleitear o teto financeiro (ao Ministério da Saúde)”.
Atualmente, o teto para a Capital é de R$ 9 milhões. “Estamos pleiteando R$ 18 milhões”, informou. Para todo o Estado, o repasse para média e alta complexidades é de R$ 330 milhões, divididos entre as 141 cidades mato-grossenses. Por outro lado, Maurélio Ribeiro lembra que assim como o HUJM outras unidades hospitalares conveniadas ou contratadas também reivindicam o incremento.
Como exemplo são citados o Hospital Geral Universitário, que quer aumentar de R$ 2 milhões para R$ 4 milhões, e a Santa Casa de Misericórdia, de R$ 1,1 milhão para R$ 1,4 mi. “Só que esses valores têm que ver de onde vão sair”, disse.
Ao dizer que o Júlio Muller tem muitas peculiaridades, Ribeiro garantiu que o termo de cooperação técnica assinado semana passada prevendo a realização de consultas e procedimentos especializados da média e alta complexidades devem ser solicitados ao HUJM. Um deles é o de broncoscopia.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/137333/visualizar/
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