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Internacional
Domingo - 04 de Abril de 2010 às 09:14

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Bento XVI celebra a Missa solene do Domingo da Ressurreição, na praça de São Pedro Foto: AP

Bento XVI celebra a Missa solene do Domingo da Ressurreição, na praça de São Pedro
Foto: AP

 

O papa Bento XVI pediu neste domingo à humanidade uma "conversão espiritual e moral" para sair de uma "crise profunda", que precisa de mudanças, começando pelas consciências, na mensagem de Páscoa pronunciada da sacada da praça de São Pedro do Vaticano diante de milhares de fiéis.

O Sumo Pontífice não fez qualquer menção aos escândalos que afetam a Igreja Católica da Europa e dos Estados Unidos por padres pedófilos. Ele também evitou a polêmica provocada pelo sermão de sexta-feira do pregador da Casa Pontifícia, que comparou os ataques à Igreja ao antissemitismo e pediu desculpas neste domingo.

O Papa recebeu mais uma vez a solidariedade pública de toda a hierarquia católica, que considera injustas as críticas a sua atitude quando era cardeal e agora como pontífice. "A humanidade necessita de um êxodo, que consista não apenas em retoques superficiais, mas em uma conversão espiritual e moral", afirmou Bento XVI. "Precisa da salvação do Evangelho para sair de uma crise profunda e que, por consequência, pede mudanças profundos, começando pelas consciências", disse o Papa pouco antes de pronunciar a benção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo).

Na mensagem, pela qual mencionou os conflitos que o mundo sofre, do Oriente Médio até a África, condenou o aumento do narcotráfico e enviou um gesto de solidariedade às populações do Haiti e do Chile, países abalados por terremotos devastadores no início do ano.

"Que a querida população do Haiti, devastada pela terrível tragédia do terremoto, realize seu "êxodo" do luto e do desespero a uma nova esperança, com a ajuda da solidariedade internacional", afirmou Bento XVI. "Que os amados cidadãos chilenos, assolados por outra grave catástrofe, enfrentem com tenacidade, e sustentados pela fé, os trabalhos de reconstrução".

Ele também mencionou os conflitos na África, em particular Congo, Guiné e Nigéria, e condenou as perseguições de cristãos no Paquistão e no Iraque. O Papa concluiu a mensagem com a saudação de "Feliz Páscoa" em 65 línguas, entre elas aramaico e latim.





Fonte: AFP

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