Lentidão da Justiça pode deixar escândalo da Sudam impune
Próximo de completar uma década, o escândalo das fraudes bilionárias na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene) se encaminham para o esquecimento na Justiça. Apenas duas ou três condenações devem ocorrer dentro dos 481 processos abertos pelo Ministério Público Federal (MPF). Dos mais de R$ 4 bilhões de reais que teriam sido desviados, nada foi devolvido aos cofres públicos, conforme informações do Correio Braziliense.
Os grandes responsáveis pela impunidade são falhas nos inquéritos policiais e a falta de agilidade da Justiça. Acusado pelo MPF como o principal articulador do esquema, o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), por exemplo, se prepara para voltar à cena. As investigações revelaram, ainda, o envolvimento de grandes empresas, como a Volkswagen e o Banco Tokyo, no esquema de desvio de recursos da Sudam, conforme o Correio Braziliense. Ficou constatado que as empresas burlavam o financiamento do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam). Parte do percentual do Imposto de Renda recolhido por elas era devolvido, quando na verdade, deveria ter sido empregado integralmente no projeto aprovado com a Sudam.
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