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Economia
Sábado - 03 de Abril de 2010 às 04:41

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2010 promete ser um bom ano para a indústria automobilística no Brasil, que aposta no crescimento contínuo da demanda
2010 promete ser um bom ano para a indústria automobilística no Brasil, que aposta no crescimento contínuo da demanda
As principais montadoras de veículos no Brasil prometem investir, juntas, quase R$ 16 bilhões até 2014, ano em que o país sediará a Copa do Mundo. Entre as consequências diretas da entrada de tanto dinheiro na economia nacional estão o aumento na arrecadação de impostos, a geração de emprego e renda.

 

Este ano já promete ser quente para o setor. A francesa PSA Peugeot Citroën avisou que investirá R$ 1,2 bilhão (US$ 700 milhões) nos próximos dois anos para desenvolver novos veículos e motores no país. A General Motors do Brasil vai colocar R$ 1,4 bilhão nas suas unidades em São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.


A GM traçou um plano em 2008 para investir R$ 5 bilhões até 2012. O valor anunciado nesta semana faz parte deste orçamento e o projeto deve gerar 1.700 empregos diretos e indiretos até 2011.

A Fiat tem meta similar. O plano era investir também R$ 5 bilhões, mas num período mais curto de tempo, entre 2008 e 2010. Neste ano, a montadora italiana vai aplicar R$ 1,8 bilhão somente no Brasil. A Fiat está operando a 100% de sua capacidade produtiva, que é de 800 mil veículos por ano.

Em janeiro, a Mercedes-Benz do Brasil conseguiu um financiamento de R$ 1,2 bilhão junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para expandir a capacidade de produção de sua unidade em São Bernardo do Campo (SP).

Ainda com menor presença no país, a expansão da montadora alemã vai ser forte. O BNDES informou que o programa global da empresa, de aumento de produção e modernização, vai gerar 1,9 milhão de empregos diretos até a conclusão do projeto, em 2011. Todas as vagas serão abertas em São Bernardo do Campo.

Em novembro de 2009, a também alemã Volkswagen anunciou que vai investir R$ 6,2 bilhões no Brasil de 2010 a 2014. A montadora avisou que o programa anterior de investimentos no país - de R$ 3,2 bilhões para o intervalo de 2007 a 2011 - já foi integralmente consumido.

A Ford prepara o terreno para 2011, quando coloca em prática o plano de investir R$ 4 bilhões no Brasil até 2014.

Empresários

Dados divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) mostram que o otimismo do empresário melhorou. Segundo o levantamento, o empresariado aposta principalmente no aumento da demanda do mercado doméstico. A consequência direta é o aquecimento do ritmo de produção, movimento que leva à compra de mais matérias-primas por empresas de todos os portes (pequenas, médias e grandes). Com isso, é esperado também um aumento de contratações.

 

A produção industrial subiu em fevereiro na comparação com janeiro. O indicador que mede a produção do setor, que vai de zero a cem pontos, subiu de 49,2 para 50,8. Pela metodologia da pesquisa, valores acima de 50 pontos indicam crescimento ou expectativa positiva dos empresários do setor.

Consumo

O número de licenciamentos de veículos zero km no primeiro trimestre de 2010 chegou a 788 mil, recorde histórico para o período. A cifra representa um aumento de 17,9% em relação ao mesmo intervalo de tempo de 2009. O resultado inclui as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Os dados foram divulgados na última quinta-feira (1º) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

No ano passado, a indústria automobilística também bateu recorde em vendas de veículos (automóveis e comerciais leves), com 3,14 milhões de unidades comercializadas em 2009. O resultado foi 11,35% maior do que o de 2008, segundo informou a Fenabrave.





Fonte: Do R7

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