Mês tem o segundo menor volume de dias úteis do calendário, ficando atrás somente de fevereiro
Perdas para lojas podem chegar a até 5% em abril
As perdas para as lojas de rua da Grande Cuiabá com os feriados do mês de abril, podem chegar a até 5%, segundo estimativas de entidades empresariais do Estado. A convenção coletiva dos trabalhadores do comércio prevê três feriados só no mês de abril e um deles, o da Sexta-Feira Santa, é inegociável, sendo obrigatório o fechamento das lojas nessa data.
O mês de abril vem sendo conhecido na Capital como o segundo em menor volume de dias úteis, perdendo somente para fevereiro, que além de contar com apenas 28 dias, sofre interferência do Carnaval. Porém, em 2010, por exemplo, fevereiro e abril terão apenas 19 dias úteis em Cuiabá. Além da Sexta-Feira Santa e do feriado nacional alusivo a Tiradentes, no dia 8, a capital faz aniversário, 291 anos de fundação. Em Cuiabá, as empresas pretendem cumprir o acordo com os trabalhadores e o calendário de feriados da prefeitura. Os feriados de oito de abril (aniversário de Cuiabá) e 21 de abril (Tiradentes) são facultativos para o comércio, podendo haver acordo entre patrões e empregados para a abertura das lojas.
Do calendário municipal, cinco datas são consideradas “inegociáveis” para os trabalhadores – 1º de janeiro, Dia do Trabalho, Sexta-feira Santa, Finados e Natal. Por lei, esses feriados têm de ser respeitados pelos patrões.
O presidente do Sindicato Intermunicipal dos Comerciários de Cuiabá e Várzea Grande, Saulo Silva, estava em viagem ontem para São Paulo e não foi localizado para falar sobre os feriados. Uma fonte da entidade, entretanto, informou que a rejeição para a inclusão de outras datas como “negociáveis” no calendário se deveu ao excesso da carga horária, agravado com a chegada das grandes redes de departamento que impuseram uma extensa jornada de trabalho aos comerciários com a abertura das lojas aos domingos e feriados. “A cada feriado de funcionamento do comércio, os trabalhadores perdem momentos de descanso e lazer e deixam de conviver com a família. Sem falar na dificuldade dos trabalhadores para estudar e ter acesso ao conhecimento, devido às extensas e extenuantes jornadas”, aponta a fonte.
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