Com ajuda do Brasil, refém mais antigo das Farc é libertado
A senadora Piedad Córdoba, que mediou toda a libertação, estava ao lado de Moncayo no helicóptero brasileiro que o trouxe do ponto de resgate na selva colombiana, no sul do país.
O sargento foi recebido pela família, que o aguardava desde a manhã de hoje. Seu pai, o professor Gustavo Moncayo, que havia se tornado uma figura pública na Colômbia, emocionou-se ao receber o filho.
No aeroporto também estavam integrantes da Igreja Católica e do grupo Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP).
John Vizcaino /Reuters |
Piedad Córdoba, que mediou as negociações com as Farc, parte rumo à selva colombiana com a missão humanitária. |
O sargento foi sequestrado em 21 de dezembro de 1997. Então com 18 anos, ele patrulhava a base de comunicações de Patascoy, no Departamento (Estado) de Nariño, relata o jornal "El Espectador".
O caso do refém ganhou notoriedade em 2006, quando seu pai percorreu a pé os cerca de mil quilômetros entre Sandoná (sudoeste da Colômbia) e Bogotá (a distância de São Paulo a Brasília), em campanha pela libertação do filho. A caminhada de 46 dias foi acompanhada por todo o país.
Leia mais sobre a história do refém.
Mau tempo
Após um atraso de três horas devido ao mau tempo, a operação, que conta com apoio do Brasil, conseguiu chegar ao refém com sucesso. O helicóptero já com o refém a bordo decolou às 11h15 horário local (13h15 horário de Brasília).
Ainda pela manhã, o coronel Carlos Aguiar, que comanda as operações com os helicópteros brasileiros, disse que o horário limite para dar início ao voo era 12h no horário local (15h no horário de Brasília), e a operação só teve início após a melhora das condições climáticas.
Missão
As forças militares da Colômbia já tinham suspendido suas operações em parte do sul do país pouco antes das 18h (20h de Brasília) de segunda-feira para permitir a libertação do sargento, assim como fez no domingo (28), dia em que o soldado Josué Daniel Calvo foi libertado.
As Farc disseram que, a partir de agora, não haverá mais libertações unilaterais, e sim uma troca humanitária entre reféns e guerrilheiros presos.
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, respondeu que está disposto ao acordo humanitário se os guerrilheiros libertados "não voltarem a cometer crimes".
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