Ataque de aviões paquistaneses mata 26 militantes do Taleban
"A ofensiva está progredindo bem. Estamos atingindo muitos alvos insurgentes. Causamos bastantes baixas", disse um porta-voz do Exército à agência de notícias Efe. Outros dez militantes ficaram feridos no ataque.
O representante do governo na região, Asghar Khan, disse à Reuters que a aeronave realizou ataques em diversas partes de Orakzai.
Uma região semi-autônoma, Orakzai é considerada um bastião do chefe paquistanês do Taleban, Hakimullah Mehsud, supostamente morto por um ataque aéreo dos EUA em janeiro passado.
A Guarda de Fronteiras, apoiada por unidades militares convencionais, lançou a operação responsável pela morte de 26 insurgentes. O objetivo principal dela é a facção regional do movimento Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), que agrupa uma série de grupos talebans paquistaneses.
O Exército paquistanês já combate o TTP em outras áreas da região noroeste e do conflituoso cinturão tribal na fronteira com o Afeganistão.
Autoridades de segurança disseram que as forças mataram mais de 150 militantes em confrontos na semana passada, mas não houve verificação independente desses dados. Ao menos cinco soldados paquistaneses morreram no confronto.
A ação paquistanesa contra militantes ao longo da fronteira afegã é vista como crucial para os esforços norte-americanos de trazer estabilidade ao Afeganistão, particularmente no momento em que Washington envia mais tropas para combater a violenta insurgência Taleban antes da progressiva retirada que se inicia em 2011.
Os dois aliados prometeram aumentar a cooperação no combate aos militantes durante dois dias de diálogos em Washington na semana passada, com os EUA prometendo acelerar os já atrasados pagamentos militares.
Ofensiva
Com apoio do governo americano, o Exército paquistanês lançou uma grande ofensiva militar no dia 26 de abril do ano passado para reagir aos talebans paquistaneses que tentaram tomar controle do distrito de Baixo Dir e do vizinho Buner, ambos nos arredores do vale do Swat.
Segundo o governo paquistanês, a ofensiva deixou mais de 1.700 fundamentalistas e cerca de 200 soldados mortos, dados que carecem de comprovação independente.
Militantes sofreram outra derrota em agosto de 2009 quando Baitullah Mehsud, o líder do Taleban no Paquistão, foi morto pela CIA (inteligência americana) em um ataque aéreo ocorrido no Waziristão do Sul.
Os talebans invadiram há cerca de dois anos o vale do Swat, um antigo ponto turístico do país transformado em reduto para os militantes que planejam os ataques às forças de segurança no país e no vizinho Afeganistão.
Em meados de fevereiro do ano passado, Islamabad assinou um acordo de paz para tentar conter o avanço terrorista. O acordo propunha cessar-fogo em troca da instauração, em Swat e em outros seis distritos, de tribunais islâmicos da sharia (lei islâmica).
Em vez de entregar as armas, os radicais islâmicos aproveitaram a oportunidade para tomar o controle os distritos de Buner e Baixo Dir, ficando a cerca de cem km da capital Islamabad. O governo, sob a intensa pressão de Washington, encerrou o acordo e iniciou ofensivas em Swat, e nos distritos vizinhos de Dir e Buner.
Com agências internacionais
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