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MT Eleições 2014
Terça - 30 de Março de 2010 às 07:50
Por: Sonia Fiori

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Crítico ferrenho da gestão do governador Blairo Maggi, o senador Jayme Campos (DEM) dá sinais de que o partido poderá reeditar estratégia utilizada nas eleições de 2002 que colaborou para a derrota no período do ex-governador Dante Martins de Oliveira (PSDB) – morto em 2006, quando tentava se eleger ao Senado. À época, o “segundo voto” do então PFL ajudou a eleger a senadora Serys Slhessarenko (PT) ao Senado. À época o candidato do DEM foi o senador Jonas Pinheiro, que acabou sendo reeleito.

Agora, o DEM começa a analisar apoio em segundo plano ao candidato virtual do PDT ao Senado, ex-procurador da República Pedro Taques – num mecanismo que poderá minar a candidatura ao Senado do governador Blairo Maggi (PR). No domingo, Jayme acompanhado do ex-governador do Estado, Júlio Campos, participou do aniversário do democrata Clóvis Siqueira, em Planalto da Serra. A cerimônia contou com a presença em massa da cúpula do movimento Mato Grosso Muito Mais, como Taques e o pré-candidato do PSB ao governo, Mauro Mendes além de líderes do PDT e do PPS.

No encontro casual, o líder do DEM aproveitou para tecer elogios à decisão de Taques de se filiar ao PDT e consequentemente – disponibilizar seu nome para a candidatura ao Senado. Jayme destacou o trabalho realizado pelo ex-procurador no Ministério Público, reiterando que o possível ingresso dele no Congresso Nacional poderá reforçar as ações pertinentes a área jurídica do país. Jayme foi mais além ao desejar “boa sorte” para Pedro Taques.

Júlio Campos lembrou ontem a estratégia usada no pleito de 2002, época em que o então PFL era oposição do PSDB. Ele acentuou entendimento de que o segundo voto do partido realmente ajudou a eleger Serys para o Senado, reduzindo o cenário de votos para Dante de Oliveira. No entanto, tratou de negar que nesse momento a tática possa ser novamente aplicada – com intuito de minar a candidatura de Blairo Maggi.

RECONHECIMENTO - “O Pedro Taques tem mais de 15 anos de serviços prestados para a sociedade e agora resolveu aventurar-se na política. O Jayme desejou boa sorte na política mas não estamos pensando em nada parecido com o que ocorreu nas eleições de 2002”, disse. Júlio reiterou ainda que a preocupação do DEM é contribuir para a formação de um programa de governo que assegure mudanças para melhor para o Estado.

Entretanto, ele reconheceu que a aliança formada entre o DEM, PSDB e o PTB deverá apresentar apenas um candidato ao Senado – lembrando o nome do ex-senador tucano Antero Paes de Barros. Esse cenário aponta para um “vácuo” na majoritária – que pode ser revertido favoravelmente para outro postulante a uma das duas vagas que serão abertas para Mato Grosso ao Senado.






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