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Terça - 30 de Março de 2010 às 07:13

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Crianças fora das salas de aula, saúde pública sucateadas, ruas esburacadas, péssima sinalização de trânsito, crise permanente no abastecimento de água, coleta de lixo deficiente, descontrole na aplicação dos R$ 306 milhões do orçamento, denúncias do Ministério Público Federal quanto à implantação das redes de água e esgoto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), greves do pessoal da área de saúde. Isso é parte do que acontece na administração do prefeito Murilo Domingos (PR) em Várzea Grande.

Murilo é prefeito desde janeiro de 2003. No período a população cresceu 2,46% (o município tem 240.038 habitantes) ao passo que Mato Grosso alcançou a taxa de 11,68%. A renda per capita municipal é de R$ 9.959 (a média de Mato Grosso é de R$ 14.954).

O que levou Várzea Grande a essa situação e a fez perder o título de “Cidade Industrial”? A resposta está calcada em três itens: nos anos 1970 a 1990 o crescimento populacional foi grande e desordenado. Estranhamente o município não elaborou planejamento urbano mantendo em curso administração à base do improviso. Murilo não encontrou o norte administrativo para solucionar problemas surgidos em sua administração e anteriores a ela, e também não apresentou propostas atrativas a investidores, o que fez a cidade ser desbancada por Sinop no benefício de arroz, perder a liderança na produção de bebidas mantendo-a a margem do desenvolvimento.

Murilo erra no macro e não acerta no varejo. Mais: cidade fundada quando da guerra com o Paraguai, ainda hoje Várzea Grande sequer tem rodoviária.






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