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Economia
Terça - 30 de Março de 2010 às 04:06
Por: Marcondes Maciel

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Geraldo Tavares/DC
Oferta deve chegar a 10 toneladas para um consumo de 50 t de pescado
Oferta deve chegar a 10 toneladas para um consumo de 50 t de pescado

Faltando quatro dias para o feriado da Sexta-Feira da Paixão, a Sexta-Feira Santa – data de maior consumo de peixe na Grande Cuiabá – os preços do pescado fresco do rio, no Mercado do Porto, apresentaram ontem alta média de 22,69% em relação ao período do ano passado. A explicação para a alta é o pequeno estoque de peixe nas bancas. A Colônia Z-1 de Pescadores de Cuiabá estima que o estoque não passe de 10 toneladas, para um consumo previsto de 50 toneladas até o fim desta semana.

A alta é liderada pelo filé de pintado (em banda, com couro), que sofreu majoração de 27,77%, passando de R$ 18 para R$ 23 o quilo (kg). As espécies mais caras, contudo, são a peraputanga, que está sendo comercializada por preços de até R$ 26/Kg, seguida da matrinxã, R$ 25/Kg, ambas com alta de 25%.

Mesmo rejeitada por uma ala de consumidores devido ao forte cheiro, a carne de jaú ainda é uma das mais valorizadas no Mercado do Porto, sendo cotada a R$ 20/Kg, alta de 17,64% em relação aos R$ 17 adotados no ano passado. O dourado e o pacu estão sendo vendidos por preços de R$ 18/Kg, ficando o maior reajuste com o primeiro (20%), contra 12,50% do pacu do rio. Outras espécies que registraram majoração elevada foram a jiripoca (R$ 15/Kg) e o piau e a pacupeva (R$ 10/Kg), todas com alta de 25% em relação ao ano passado.

O tambacu (espécie oriunda de criadouros) também sofreu variação (14,28%), passando de R$ 7 para R$ 8/Kg, preço médio verificado ontem na maioria das bancas. (Veja quadro ao lado)

Os revendedores atribuem os altos preços à escassez do produto no Mercado do Porto. “Ainda temos pouco peixe de rio. De piscicultura existe à vontade, mas os consumidores sempre procuram pescado fresco do rio. O que compramos dos pescadores vendemos tudo, apesar dos preços”, afirma o revendedor Adão Nunes.

Manoel do Nascimento Filho, também revendedor, acredita até mesmo na possibilidade de faltar peixe de rio no Mercado do Porto. “Acredito que se o abastecimento não for normalizado até amanhã, podemos ter um estoque muito baixo de peixe já na quinta-feira”. Segundo ele, quem deixar para comprar [peixe de rio] na última hora pode ficar sem o produto na mesa. O revendedor conta que o estoque da sua banca só daria para dois dias.

Agnaldo Nogueira da Costa, presidente da Colônia Z-1 de Pescadores de Cuiabá, alerta que os preços do filé do pintado podem chegar a R$ 25 na próxima sexta-feira. “Vai depender do estoque no decorrer da semana”. Ele diz que a procura por peixe no mercado ainda é pequena. “Estamos com menos de 20% das vendas da Semana Santa. Até quarta-feira esperamos chegar a 60% e, na quinta e sexta-feira, devemos chegar a 100% do total previsto, cerca de 50 mil quilos”.

BACALHAU – De acordo com os supermercadistas, este ano os preços do bacalhau sofreram uma pequena queda em relação ao ano passado. O Saith, o mais barato, é encontrado por até R$ 16,50 no Atacadão. Outros tipos são mais caros. O bacalhau do Porto, por exemplo, está sendo vendido por R$ 34,90, o Ling, R$ 39,98, Macro, R$ 58,90 e, Norueguês, R$ 84,90.






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