Só três falaram à PF dos 11 ouvidos sobre corrupção no DF
Colaço e Prudente foram flagrados em vídeos gravados por Durval Barbosa, delator do esquema de arrecadação e pagamento de propina. O empresário aparece guardo dinheiro de suposta propina na cueca, enquanto o ex-deputado aparece colocando a suposta propina nas meias.
A Polícia Federal ainda não revelou o teor dos depoimentos. A Folha Online apurou que a orientação da defesa de Prudente era para que ele sustentasse a tese de que o dinheiro era uma doação do Durval na campanha de 2006 que foi declarada a Justiça Eleitoral, o que caracteriza caixa dois. Desde que surgiram as denúncias, Prudente apresenta essa versão.
O depoimento do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), o mais esperado do dia, também não trouxe revelações. Por orientação dos advogados, Arruda permaneceu em silêncio. Segundo seu advogado, Nélio Machado, Arruda não poderia falar sem a defesa ter acesso ao teor inteiro do inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que investiga o esquema de corrupção.
A estratégia de Arruda foi se repetiu em outros depoimentos. Ficaram calados Welligton Morais (ex-secretário de Comunicação), Luiz França (subsecretário de Justiça e Cidadania), Gibrail Gebrim (ex-assessor da Secretaria de Educação) e o executivo Marcelo Carvalho, braço direito do ex-vice-governador Paulo Octávio (sem partido) no grupo empresarial.
O ex-assessor de imprensa Omezio Pontes e o ex-chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel foram dispensados pelo delegado. A PF ainda não informou sobre o depoimento do empresário José Abdon, da AB Produções.
O empresário Ricardo Malcot se antecipou à convocação da PF e se apresentou espontaneamente. Segundo o delegado, ele não deu esclarecimentos.
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