Wilson, Silval e Mendes "colam" nos pré-candidatos à sucessão de Lula
O prazo-limite de 3 de abril para desincompatibilização de quem atua no Executivo e/ou em outros setores para concorrer às eleições acelerou o processo de afunilamento das candidaturas majoritárias. Em Mato Grosso, restaram três na corrida ao Palácio Paiaguás. Estes, por sua vez, começam a "colar" suas imagens nos postulantes à Presidência da República.
Wilson Santos, que renuncia ao mandato de prefeito da Capital no dia 2, entra para a disputa a governador numa campanha casada com José Serra, que tentará de novo a sucessão presidencial. Ambos são do PSDB. No mesmo palanque vão estar DEM (ex-PFL) e PTB. O fato do governador de São Paulo impôr uma ligeira vantagem de 9% das intenções de voto sobre Dilma Rousseff, conforme revelou a pesquisa Datafolha feita nos dias 25 e 26 de março, repercute positivamente na pré-candidatura tucana em Mato Grosso. No Estado, amostragens têm apontado Serra também em vantagem sobre a petista. Uma das estratégias de Wilson é explorar na campanha a necessidade de se ter um governador em sintonia com o Palácio do Planalto, assim como aconteceu com Dante de Oliveira e FHC e, no segundo mandato de Blairo Maggi com o presidente Lula.
Com a força da máquina estadual, Silval Barbosa, que se prepara para a posse de governador na quarta (31), também fará uma campanha sintonizada com as imagens da ministra-chefe da Casa Civil e presidenciável Dilma e com Lula. Quer os dois no seu palanque. Dilma cresceu nas intenções de voto e "encurtou" a distância que se registrava em relação a Serra. Por enquanto, o peemedebista conseguiu fechar composição com PR e PT e espera outras siglas, como PP e PV.
Correndo por fora, o empresário Mauro Mendes, que trocou o PR pelo PSB, aposta na candidatura à sucessão presidencial, pela segunda vez, do deputado federal cearense Ciro Gomes, que ainda vive incógnita se concorre ou não à Presidência. Assim, Mendes teria um palanque independente no Estado. Ele aposta todas as fichas no apoio do PDT e do PPS. No caso dos socialistas, a tendência, porém, é que venham apoiar o tucano Wilson, seguindo orientação nacional.
O PDT dá sinais de que estará com Mendes, inclusive com reforço de ter como candidato ao Senado o ex-procurador da República Pedro Taques. Por enquanto, segue sem palanque próprio em âmbito estadual a senadora Marina Silva, pré-candidata do PV à sucessão do presidente Lula. O seu PV continua no muro e conversa com os três pré-candidatos a governador. O PP dos deputados José Riva e Pedro Henry continua no muro, mas deve declarar apoio a Silval.
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