Sobrevoos prejudicaram libertação de refém das Farc, diz senadora
Calvo foi entregue pelas Farc a uma comissão humanitária liderada por Córdoba, em uma vila do Departamento de Meta (centro-este), onde moradores e guerrilheiros advertiram para supostos voos militares e para a movimentação de tropas na região, segundo a senadora.
William Fernando Martinez/AP |
O soldado Calvo acena após ser libertado na Colômbia; ele ficou quase 1 ano refém |
"A situação não estava de acordo com o que havia sido estabelecido nos protocolos de segurança entre o governo e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), para garantir o bom resultado da operação", disse a congressista em uma coletiva em Villavicencio (130 km a sudeste de Bogotá).
"Foi uma situação um pouco difícil, mas com a intervenção diplomática do CICV, do monsenhor Leonardo Gómez (representante da Igreja Católica) e a minha, tudo foi solucionado", acrescentou Córdoba.
A congressista lembrou que o comandante das Forças Militares, general Freddy Padilla, tinha se comprometido com o CICV a suspender operações militares na região entre as 18h (20h de Brasília) de sexta-feira (26) e as 06h (08h de Brasília) de segunda-feira (29).
Missão
A missão, que teve apoio logístico do Brasil, partiu neste domingo às 09h21 (12h21 de Brasília).
Anteriormente, a senadora deixou claro que a libertação do soldado Calvo e a do sargento Pablo Emilio Moncayo, prevista para a terça-feira (30), serão as últimas feitas de forma unilateral pelas Farc.
Uma vez libertados, a guerrilha passará a ter ainda 22 membros das forças de segurança sequestrados. As Farc dizem que só vão libertá-los se houver troca por rebeldes presos.
O presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não tem se mostrado disposto a negociar a troca.
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