Pai de Alexandre Nardoni visita filho em penitenciária após condenação
Antônio Nardoni e Maria Aparecida Alves Nardoni chegaram a penitenciária por volta das 9h50 acompanhados de uma visitante de outro preso, que os ajudou a carregar as três sacolas, um caixa e uma vasilha com frutas e verduras, que seriam entregues para o filho do casal.
Antes de entrar na penitenciária, o pai de Alexandre afirmou que "a pena [aplicada contra seu filho] já estava dosada há dois anos" e acrescentou "neste país é difícil acreditar em alguma coisa, mas nós acreditamos [em um melhor resultado em um possível recurso]". Já quanto aos detalhes sobre o caso, Antônio afirmou que "isso é com os advogados".
Ontem, a defesa de Alexandre e sua mulher, Anna Carolina Jatobá, também condenada pela morte de Isabella, afirmou que vai pedir que o casal seja julgado novamente, de acordo com a lei, em vigor na época do crime, que previa novo júri popular automático em casos de condenações iguais ou superiores a 20 anos de detenção.
Os acusados foram condenados por homicídio triplamente qualificado e fraude processual (por ter alterado a cena do crime). De acordo com a sentença, o pai de Isabella foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado: por ter sido usado meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, e para garantir a ocultação de crime anterior.
De acordo com Roselle Soglio, advogada dos réus, no decorrer desta semana a defesa apresentará por escrito um recurso ao juiz Maurício Fossen pedindo o novo júri automático. "O crime foi cometido antes da mudança do Código Penal e eles têm esse direito", disse.
Segundo ela, já há casos no Tribunal de Justiça de SP de julgamentos recentes refeitos com base na antiga legislação.
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