Louremberg diz que Taques ainda não é reconhecido
O cientista político Louremberg Alves afirma que a pré-candidatura de Pedro Taques ao Senado não altera o quadro atual, já que ele ainda não é reconhecido como político pela população. Taques solicitou nesta semana sua exoneração do Ministério Público Federal com vistas a entrar na disputa e deve se filiar ao PDT.
Segundo Loremberg, a pré-candidatura do ex-procurador ainda é uma incógnita por não ter um histórico de atividade partidária. “Ele é reconhecido por todos como um homem de debate inerente às questões defendidas por seu cargo. É visto como profissional de imagem exemplar do Ministério Público, mas ainda é muito cedo para dizer que pode enfraquecer os possíveis adversários”, avaliou. O analista considera também que, diante das divisões que permeiam os partidos, o próprio quadro de nomes ao Senado é uma incógnita, diferente do cenário para a sucessão de Blairo Maggi (PR) no Paiaguás. “Já temos nomes definidos para governador. Pode ser que um ou outro nome venha a compor o cenário de disputa, mas, com certeza, este nome não terá consistência suficiente para abafar os demais”, avaliou.
Observador da história política do Estado e das conjecturas atuais, Loremberg destaca que as pré-candidaturas do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), aliado do PR e do PT, do prefeito Wilson Santos (PSDB), que segue ao lado do DEM e PTB, e do empresário Mauro Mendes (PSB), contempla as maiores siglas, sobrando espaço apenas para legendas consideradas pequenas ou ainda para ampliação das coligações. “O nome que vier não trará grandes alterações. Nenhuma das candidaturas será abafada”, diz.
Para o analista político, ainda é cedo para dizer quem é mais forte na corrida ao Senado, com exceção de um nome: o do governador Blairo Maggi. “Hoje, antes das candidaturas se oficializarem, Maggi é o favorito. Claro que isto não o desobriga a trabalhar para manter o favoritismo, afinal as eleições ainda não começaram oficialmente”, considera. Ele ainda fala em divisão partidária. Lembra de rachas internos latentes em vários partidos. Cita como exemplo o PT, onde o deputado Carlos Abicalil e a senadora Serys Marly brigam pelo direito de disputar. Ainda figuram como principais pré-candidatos candidatos ao Senado, Antero Paes de Barros e Luiz Soares (PSDB). O tucanato terá que escolher um nome.
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