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Nacional
Sexta - 26 de Março de 2010 às 17:02

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Dois vereadores de Alto Paraíso, em Goiás, que estavam inscritos no programa Bolsa Família vão responder a processo administrativo e serão investigados pelo Ministério Público. Apesar de terem um salário de R$ 2 mil, João Vítor Soares (PMDB) e João Ribeiro Marinho (PSDB), conhecido como Bolinha, receberam o benefício durante todo o ano passado.

Os dois não se enquadram nos critérios para participar do programa porque têm renda superior ao necessário. Para ter direito ao Bolsa Família, é preciso uma renda mensal por pessoa de até R$ 140.

João Vítor Soares atribuiu à mulher dele a inscrição no programa e se recusou a dar mais explicações.

- Estou recolhendo documentos antes de dar entrevistas.
O vereador Bolinha, que ocupa o cargo de secretário de Saúde do município, também responsabilizou a esposa. Ele disse que, por esquecimento, só em janeiro deste ano que pediu o cancelamento do benefício.

- Quem recebia era a minha esposa. Na época, eu não era vereador, minha renda era de salário mínimo. Quando ganhei a eleição, passou despercebido que continuava recebendo.

Bolinha acrescentou que pretende devolver os R$ 44 mensais que recebeu do Bolsa Família no ano passado.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, órgão que cuida do programa, disse que o benefício pago aos dois vereadores foi bloqueado pelo gestor municipal do Bolsa Família em fevereiro, por eles terem renda per capita acima do critério do programa.

Além do processo administrativo contra os dois, o ministério vai notificar a prefeitura de Alto Paraíso para prestar informações quanto à irregularidade. É com base nesses dados que o ministério faz a cobrança administrativa dos recursos pagos indevidamente.





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