Prefeitos não querem mais disputa
Wilson Santos (PSDB) é o único dos 141 prefeitos mato-grossenses que está decidido a renunciar ao mandato para entrar na disputa deste ano. Todos os outros que chegaram a cogitar candidatura recuaram e decidiram não trocar o "certo pelo duvidoso". Entre os mais animados estava o prefeito de segundo mandato de Sapezal, César Maggi (PR), primo do governador Blairo Maggi (PR), que chegou a articular a viabilização de sua candidatura a uma das 24 vagas da Assembleia Legislativa.
Outro que abriu mão da disputa é o prefeito de Campo Verde, Dimorvan Brescancin. Ex-PDT, ele foi reeleito em 2008 pelo PR com 9.254 votos, 446 a mais que o segundo colocado, Onéscimo Prati (DEM). Ele chegou a dizer que seria pré-candidato a deputado estadual, mas ressaltou que a decisão era apenas para "agradar o partido". Agora, Dimorvan lança seu secretário de Habitação, Cícero Alves dos Santos, que se filiou ao PR no prazo que prevê a Justiça Eleitoral.
O prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), também recuou da disputa nas eleições deste ano. Ele havia cogitado disputar para deputado federal e, logo em seguida, queria ser suplente do governador Blairo Maggi (PR), que vai tentar uma cadeira no Senado. Acabou abrindo mão e vai continuar no comando do segundo maior município do Estado. Marino Franz (PPS), prefeito de Lucas do Rio Verde, decidiu desistir de ser vice de Mauro Mendes (PSB), que vai tentar o Paiaguás.
Por força do prazo legal que exige, por exemplo, afastamento do Executivo 6 meses antes do pleito, o quadro começa a se desenhar, principalmente na majoritária. Hoje são 4 na disputa ao governo estadual. Além de Wilson e Mendes, estão na "briga" Silval Barbosa (PMDB) e Mauro Lara (Psol), que concorre ao Paiaguás pela segunda vez. Ele disputou também a Prefeitura de Cuiabá em 2008.
Na corrida ao Senado, o quadro está ainda mais embolado. Enquanto Pedro Taques, que já deixou os quadros do Ministério Público Federal e se prepara para se filiar ao PDT com vistas à disputa, o PSDB tenta roubar a cena numa polarização entre Luiz Soares e Antero Paes de Barros.
Blairo Maggi, que renuncia ao mandato na próxima quarta (31), corre isolado e na liderança, enquanto no petismo continua o racha entre Serys Marly, que quer a reeleição, e o deputado federal Carlos Abicalil. A decisão sai nas prévias do partido em 18 de abril.
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