Perri considera Rocha íntegro; magistrado se mostra tranquilo
O desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha se diz tranquilo em relação à denúncia anônima que chegou ao Superior Tribunal de Justiça por meio do Ministério Público. Uma carta anônima acusa o então juiz, eleito desembargador em fevereiro de 2008, de participação no esquema de “doação” irregular de verbas indenizatórias a maçons prejudicados pela quebra financeira de cooperativa de crédito Sicoob Pantanal.
A investigação estava correndo paralelamente à apuração do suposto desvio de R$ 1,4 milhão do Tribunal de Justiça, que já resultou na aposentadoria compulsória de 10 magistrados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os dois processos foram juntados, mas, como a ação de Perri não cita o nome do desembargador, Rocha foi excluído do julgamento do CNJ.
Em entrevista ao RDNews, ele afirmou que nunca participou de qualquer esquema. “Não tive participação em nada. Estou tranquilo”, disse em tom taxativo. O desembargador ponderou não ter sido notificado e que só ficou sabendo da acusação pela imprensa. “Fui surpreendido. Meu nome foi simplesmente ventilado”.
O ex-corregedor-geral do TJ, desembargador Orlando Perri, confirmou que Rocha realmente não foi citado em processo algum. Também disse ter uma boa imagem do colega. “Até onde conheço, ele é uma pessoa íntegra. Não sei da onde tiraram isso”, disse Perri. “Tenho notícias de que a tal carta anônima não é fundamentada. É uma informação avulsa de que tinha ânsia em evidenciar o esquema e citou qualquer nome”.
O processo corre sob sigilo de Justiça e está nas mãos do ministro João Otávio de Noronha, relator do inquérito no STJ.
Comentários