Manobra republicana exige nova votação sobre reforma da saúde
A parte principal da reforma, que garante atendimento médico a 32 milhões de americanos hoje sem cobertura por não terem seguro, não terá que ser votada novamente e já foi inclusive sancionada pelo presidente Barack Obama.
Os questionamentos se referem a questões menores de regulamentação da lei, relativas a uma questão técnica e a uma norma que regulamentaria a concessão de benefícios para estudantes de famílias de baixa renda.
A reforma da Saúde foi aprovada na Câmara dos Representantes por 219 votos a 212 no domingo. Como parte do pacote da reforma, a Câmara também aprovou uma série de emendas adicionais à lei, que tiveram que ser novamente aprovadas pelo Senado na noite desta quarta-feira.
Emendas
A oposição republicana apresentou 30 novas emendas durante a votação que entrou madrugada adentro --todas rejeitadas pela maioria democrata--, antes de apresentar a queixa acolhida sobre os procedimentos desrespeitados.
"Após horas tentando encontrar uma maneira de bloquear a reforma, eles (os republicanos) encontraram duas questões menores que são violações dos procedimentos do Senado e que significam que teremos que enviar o projeto de volta para a Câmara", afirmou Jim Manley, porta-voz do senador democrata Harry Reid, líder da maioria no Senado.
Ele se disse confiante de que a Câmara "poderá lidar com isso e aprovar a lei".
Obama sancionou a parte principal da reforma na terça-feira, antes mesmo da votação das emendas no Senado.
O presidente deve viajar nesta quinta-feira ao Estado do Iowa para promover os benefícios da nova lei.
Alguns partidários da reforma recorreram ao FBI (a polícia federal americana) após receberem ameaças e mensagens abusivas.
O líder da maioria democrata na Câmara, Steny Hoyer, disse que mais de uma dezena de políticos do Partido Democrata relataram incidentes desde a votação do domingo, alguns dos quais ele descreveu como "muito sérios".
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