A nova data foi definida pelo Conselho Federal da OAB nesta tarde. O horário de aplicação da prova é aquele já estipulado em edital. A fraude está sendo investigada pela Polícia Federal. O Exame de Ordem habilita bacharéis de Direito a exercerem a advocacia.
Vazamento
Segundo as denúncias, um candidato teria tido acesso à prova antes de sua aplicação, no dia 28 de fevereiro passado. O vazamento teria sido da prova prática de Direito Penal. O exame foi aplicado de forma unificada em todo o país. No total, 18,7 mil candidatos fizeram as provas em 155 locais. Em Osasco, cidade onde foi detectada a suposta fraude, 152 bacharéis foram aprovados para a segunda fase do exame.
“A anulação é para preservar a imagem da Ordem, a credibilidade do exame e, sobretudo, também preservar a qualidade dos colegas que vão entrar na profissão, disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcanti, na ocasião do cancelamento da segunda fase do exame. “É muito mais seguro para todos que esse exame seja refeito.”
A prova cancelada em 7 de março é a terceira de 2009 –todos os anos, a Ordem realiza três exames de hablitação de bacharéis.
A decisão sobre o cancelamento da prova foi tomada pelo Colégio de Presidentes das 27 Seccionais da OAB, em reunião em Brasília. Além da decisão, o caso está sendo investigado pela Polícia Federal a pedido da OAB, que solicitou ainda uma sindicância ao Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), que realiza o exame em parceria com a instituição.
As investigações feitas pela PF estão sendo mantidas em sigilo.
Custos
O custo para reaplicar a prova da 2ª fase do exame da Ordem deverá ser de R$ 1,3 milhão, segundo o Cespe, órgão vinculado à Universidade de Brasília (UnB) que realiza o exame em parceria com a OAB. O valor é semelhante ao da primeira prova.
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