CNJ nega recurso a juízas de MT
O conselheiro do CNJ Ives Gandra negou os pedidos de esclarecimentos apresentados pelas juízas Graciema Caravellas e Maria Cristina Simões. O membro de CNJ foi o relator do processo disciplinar que puniu com aposentadoria compulsória dez magistrados de Mato Grosso em 23 de fevereiro. Na oportunidade, ele classificou as duas juízas como “laranjas” do esquema que supostamente desviou quase R$ 1,5 milhão dos cofres do TJ para a maçonaria.
Como o primeiro recurso de Graciema e Maria Cristina foi negado, o advogado das magistradas Alexandre Slhessarenko deve ingressar com um outro recurso, agora, no Supremo Tribunal Federal, conforme revela o jornal A Gazeta desta quinta (25). Além das duas magistradas, foram punidos com a aposentadoria compulsória os desembargadores José Tadeu Cury, José Ferreira Leite, e Mariano Travassos (ex-presidente do TJ), além dos juízes Marcelo de Souza Barros, Antônio Horácio da Silva Neto, Marco Aurélio dos Reis Ferreira, Irênio Lima Fernandes e Juanita Clait Duarte. O escândalo envolvendo o magistrado “abalou” o nome do Judiciário mato-grossense, que tenta recuperar a imagem aos poucos.
A missão do novo presidente José Silvério Gomes, que substitui Travassos, é complicada, principalmente porque além dos magistrados punidos, membros do Judiciário são investigados pelo STJ por direcionamento de processos e venda de sentenças. Além disso, na última terça (22) o CNJ também aplicou a pena máxima de aposentadoria compulsória ao desembargador José Jurandir de Lima. Ele foi acusado de contratar os seus filhos em seu gabinete, sem que nunca tivessem trabalhado.
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