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Economia
Quinta - 25 de Março de 2010 às 09:25

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A Pesquisa Serasa Experian de Expectativa Empresarial para o 2º trimestre de 2010 mostra que 61% dos empresários entrevistados vão rever sua estimativa de faturamento para o período. Deste total, 87% vão revê-la para cima e apenas 13% vão reduzi-la.

Os empresários das grandes empresas são os mais otimistas, com 93% apostando em um faturamento maior que o previsto. Na mesma direção e empatadas estão as médias com 87% e as pequenas com 86%.

Os Serviços (89%) e a Indústria (88%) são os setores que mais acreditam em um faturamento superior na revisão de suas expectativas. No Comércio são 84% dos empresários.

Na análise regional, o Nordeste desponta como a Região onde maior parcela (91%) dos empresários revisarão seu faturamento para cima no segundo quarto do ano. Na sequência estão o Norte (88%), Sudeste (87%), Sul (86%) e Centro-Oeste (79%).

Expectativa para o faturamento em 2010

Para 76% dos empresários de todo o Brasil, as suas expectativas de faturamento para 2010 são maiores do que as registradas em 2009. Para 18% são iguais e para 6% são menores.

Novamente, as grandes empresas contam com uma parcela maior (81%) de empresários compartilhando desta opinião. Na média empresa são 77% e nas pequenas 76% dos entrevistados também prevêem um faturamento superior em 2010, na comparação com o ano anterior.

Nesse sentido, estão a Indústria, com 79% de seus empresários, os Serviços (78%) e o Comércio (73%).

As empresas do Norte (86%) lideram o otimismo regional sobre um faturamento bem melhor neste ano. Seguem o Nordeste (81%), Sudeste (76%), Sul (75%) e o Centro-Oeste (71%).

Emprego

Para o 2º trimestre de 2010, 56% dos empresários brasileiros acreditam que o quadro de funcionários permanecerá o mesmo. 38% prevêem aumentar e apenas 6% acham que diminuirá.

Por porte, a composição não é tão distinta. Nas grandes empresas, 52% vão manter o quadro atual, e 41% ampliar. Nas médias são, respectivamente, 53% e 43%. Nas pequenas são: 57% e 37%.

Na análise setorial, a Indústria é a que mais equilibra a manutenção do quadro com as novas contratações: 48% e 46% nesta mesma ordem. Na mesma tendência estão os Serviços, com 52% e 43%. Já os que preferem manter o quadro atual e têm uma menor disposição para aumentá-lo são o Comércio (63% e 30%, respectivamente) e as Instituições Financeiras (64% e 35%).

O Nordeste é a Região que tem a relação entre a manutenção do quadro de funcionários (46%) e a disposição para contratar (48%) mais balanceada, sendo também a mais otimista sobre aumentar o quadro de funcionários. O Norte (67%) e o Centro-Oeste (65%) são as com maior propensão a manter os funcionários.  O Sudeste (57% e 37%) e o Sul (54% e 41%) são as Regiões com  opiniões representativas entre manter e contratar novos empregados (nessa mesma ordem).

Investimentos

A maioria dos empresários (59%) do país vai manter os investimentos, conforme planejado, no 2º trimestre deste ano. 33% pretendem aumentá-los, 7% vão postergá-los e apenas 1% irá cortá-los.

Na análise por porte, todos os negócios irão manter seus investimentos. Na grande empresa 61%, na média 58% e na pequena 57% vão nessa direção. Quanto à ampliação dos investimentos, cada porte tem, igualmente, 33% de seus empresários com expectativa de incrementá-los.

Por setor, as Instituições Financeiras têm a opinião praticamente dividida entre manter (50%) os investimentos no 2º trimestre e ampliá-los (45%), esta a maior parcela entre todos os setores. Os demais portes possuem uma composição muito próxima entre a permanência dos investimentos e sua expansão. Nesta ordem estão: Indústria (60% e 31%), Comércio (60% e 34%) e Serviços (57% e 32%).

Na análise regional, também predomina a permanência dos investimentos conforme planejado, ante sua elevação. Respectivamente estão Nordeste (51% para manutenção e 42% para aumento), Centro-Oeste (55% e 37%), Sul (53% e 36%), Norte (57% e 32%) e Sudeste (64% e 29%), que possui a maior opinião para a estabilidade dos investimentos e a menor parcela dos entrevistados com intenção de ampliá-los.

Condições de Crédito

Para 54% dos empresários entrevistados, as condições de crédito (limites, prazos e encargos) permanecerão as mesmas no 2º trimestre em relação ao trimestre anterior. Para 31% melhorarão e para 15% vão piorar.

Por porte, há consenso com o resultado nacional. Nas grandes empresas 47% acham que as condições serão as mesmas e para 34% serão melhores. Para as médias, nesta mesma ordem, são 55% e 33% e para as pequenas 54% e 30%.

Na análise por setor, não há diferença. Serviços (54% e 31%), Comércio (54% e 31%) e Indústria (52% e 30%). Por Região segue: Norte (69% e 25%), Centro-Oeste (60% e 29%), Sudeste (56% e 29%), Sul (50% e 33%) e Nordeste (49% e 36%), que tem a maior parcela dos que acreditam que as condições de crédito serão melhores no 2º trimestre.

Oferta de Crédito 

Na visão das Instituições Financeiras, 66% de seus profissionais apostam na maior oferta de crédito para o consumidor no 2º trimestre em relação ao trimestre anterior, 31% na manutenção e apenas 3% na queda.  Por sua vez, a oferta de crédito para as empresas ficará dividida entre manutenção (49%) e aumento (48%).

Análise

Há consenso dos empresários sobre o melhor resultado de seu negócio, em termos de faturamento. Isto aliado ao vigoroso crescimento econômico, amplia a confiança do empresário que, gradualmente, eleva a contratação de novos funcionários e aumenta seus investimentos.

As grandes empresas são as mais otimistas, por serem mais capitalizadas e por terem retomado o crédito.  As médias empresas, sobretudo as exportadoras, ainda sofrem com a recessão ou baixo crescimento global, o real valorizado e a oferta de crédito ainda não normalizada, fato que também afeta as empresas de pequeno porte, que tem seu faturamento evoluindo.

Os resultados desta pesquisa para o 2º trimestre levam a crer que para o próximo trimestre teremos resultados ainda melhores.






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