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Honrado pAmericano que perdeu perna no Iraque comemora ser porta-bandeira
Uma ferida de guerra pode ser o fim para muitas pessoas. Para Rob Brown foi um novo começo. O americano, que é sargento do exército, foi ferido no Iraque em 2006 e, dois anos depois, precisou amputar sua perna direita. Pouco depois, Brown encontrou no esporte um meio de se manter ativo, e teve no Mundial Paralímpico de Atletismo, em Lyon, a honra de ter sido escolhido para ser o porta-bandeira dos Estados Unidos na cerimônia de abertura da competição.
"Foi um sentimento incrível. Ser escolhido é algo que me traz orgulho, mas ao mesmo tempo que me traz humildade. Fico contente de representar meu país e vestir suas cores na batalha. Mas na verdade não é uma batalha. É algo muito intenso, que exige demais. São atletas muito duros aqui", afirmou o sargento ao Terra.
Brown era atleta desde antes de entrar para o exército. O americano competia nos 400 m com barreiras no colegial e na universidade, o que, segundo o próprio, ajudou para que já estivesse em forma quando se alistou em 2005. A partir daí, sua vida tomou um rumo inesperado.
"Do quartel, fui enviado para o Iraque. Fui alvejado várias vezes no meu lado direito em 2006 na cidade de Ramadi. De lá, fui resgatado, levado de volta aos Estados Unidos e passei dois anos tentando salvar a minha perna. Finalmente, em 2008, fizemos a decisão de amputá-la. Em 2009 eu já estava correndo. Em 2010 comecei a participar da equipe paralímpica e não voltei mais atrás", relatou o americano.
O retorno ao esporte teve início após treino paralímpico no estado de Washington em que Brown foi avaliado e chamado para participar de mais encontros. "O esporte paralímpico ajuda a representar o fato de que todas as pessoas com alguma deficiência podem esperar algo a mais de suas vidas. Eles podem competir a nível profissional com a elite ou apenas praticar em casa, mas o importante é o passo que põe as pessoas na direção certa para serem mais ativos e saudáveis", afirmou o militar.
A participação de Brown no Mundial de Lyon foi breve. O americano participou da semifinal dos 400 m T43/44, que teve o paraense Alan Fonteles como responsável pelo melhor tempo, e não avançou à final. O sargento, ao menos, fez uma avaliação sobre o brasileiro. "Alan é um atleta fantástico. Corri com ele pela primeira vez em 2010 em uma competição nos Estados Unidos. Ele já era fenomenal e é um prazer correr com ele", disse.
Fonte:
Terra
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