Com Taques, são 6 em pré-campanha para o Senado

    A decisão de Pedro Taques de entrar na disputa eleitoral acirra ainda mais a briga pelas duas cadeiras ao Senado, principalmente quanto à segunda vaga. Hoje, a considerar o resultado das pesquisas de intenção de voto, o governador Blairo Maggi garantiria a primeira cadeira. Figura na liderança isolada tanto na amostragem estimulada quanto na espontânea. Na próxima semana, Taques, que já deixou de vez o cargo de procurador da República, deve ingressar no PDT determinado a encarar qualquer adversário na briga por espaço no Congresso Nacional.

    A disputa pelo Senado será tão dura quanto para governador. Seis figuram no páreo pelas vagas ocupadas hoje pelos senadores Gilberto Goellner (DEM) e Serys Marly (PT): Maggi, Taques, os tucanos Luiz Soares e Antero de Barros e ainda os petistas Serys e Carlos Abicalil. Destes, as convenções de junho devem confirmar quatro, já que PSDB, se mantiver o projeto, escolherá um nome, assim como a legenda petista.

   O que mais tem empolgado os pré-candidatos a senador é o fato de haver abertura de duas cadeiras para representação de Mato Grosso no Congresso. A outra vaga pertence a Jayme Campos, cujo mandato que se iniciou em 2007 se estende até 2014. Os grupos tentam fechar composição. Como vai para o PDT, Taques deve fazer "dobradinha" eleitoral ou com o tucano Wilson Santos, pré-candidato a governador, ou com Mauro Mendes (PSB). Como o tucanato passou a admitir a possibilidade de também lançar candidatura à senatória, tende a lançar Antero ou Soares em  parceria com o ex-procurador da República. Já no PT, com Serys ou com Abicalil, a dobradinha será com Blairo Maggi, no palanque do peemedebista Silval Barbosa, que assume a cadeira de governador no próximo dia 31 e buscará a reeleição.

     Senador tem mandato de oito anos, o que corresponde a duas legislaturas. Ao todo são 81, sendo três por Estado. A cada quatro anos, quando ocorrem as eleições em nível nacional, o Senado é renovado em um terço (27 senadores) e dois terços (54 senadores), alternadamente. No pleito de outubro deste ano, a Casa será renovada em dois terços, daí os eleitores de cada Estado e do Distrito Federal votarem em dois candidatos. Os mandatos de Serys e Goellner vencem em 31 de janeiro de 2011. Goellner ganhou condição de titular com a morte de Jonas Pinheiro, em fevereiro de 2008.

    Como legislador, cabe ao senador propor, discutir e deliberar sobre a estrutura legislativa do país. Um dos pontos mais importantes e que demandam a maior parte de seu trabalho são as leis orçamentárias, que indicam como e quanto o governo gastará o dinheiro público. Também é papel do senador a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e com apoio do Tribunal de Contas da União. Compete privativamente aos senadores, entre outras atribuições, processar e julgar o presidente e vice-presidente da República, ministros do Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República e o advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade.