Após polêmica, Suíça deve suspender proibição de entrada a líbios
A oferta foi feita em meio aos esforços da União Europeia (UE) para ajudar a encerrar a crise entre Suíça e Líbia, que ameaça os interesses energéticos do bloco depois que a entrada de cidadãos europeus foi barrada por Gadaffi.
Após anunciar que irá extinguir a "lista negra" para os cidadãos líbios, a Suíça disse que o governo de Trípoli deveria fazer o mesmo e deixar de lado as restrições de entrada.
"O governo está preparado, com a mediação da UE, a retirar a proibição de entrada a algumas categorias de cidadãos líbios", informou o governo suíço em um comunicado.
"Espera-se que a Líbia também suspenda o veto aos cidadãos da área Schengen".
A chefe de políticas de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, disse após uma reunião com a colega suíça Micheline Calmy-Rey em Bruxelas que aprova o compromisso suíço em encontrar uma saída diplomática para a crise.
"A UE espera que as autoridades líbias reajam positivamente de modo a retirar as medidas restritivas em relação a cidadãos europeus", disse Ashton em um comunicado.
Controvérsia
A controvérsia entre Líbia e Suíça teve início em julho de 2008, quando o filho de Gaddafi, Hannibal, foi detido em Genebra sob acusação de maus tratos a empregados domésticos.
Ele foi solto pouco depois da prisão, mas a Líbia cortou o fornecimento de petróleo à Suíça, retirou bilhões de dólares de bancos suíços e prendeu dois empresários suíços que trabalhavam no país norte-africano.
Um dos empresários foi solto, mas o segundo ainda cumpre sentença de quatro meses de prisão.
"O objetivo da Suíça é a soltura de Max Goeldi. Para isso, o governo está disposto a continuar com as negociações com base nas propostas de dois mediadores europeus", disse o governo suíço.
Segundo a Líbia, a prisão em Genebra e a detenção dos dois empresários não tem ligação.
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