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Internacional
Quarta - 24 de Março de 2010 às 21:23

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A Suíça pretende suspender a proibição da entrada de líbios no país, imposta após uma polêmica envolvendo o ditador líbio, Muanmar Gadaffi, informou o governo nesta quarta-feira. A libertação do empresário suíço Max Goeldi --detido na Líbia-- também é negociada.

A oferta foi feita em meio aos esforços da União Europeia (UE) para ajudar a encerrar a crise entre Suíça e Líbia, que ameaça os interesses energéticos do bloco depois que a entrada de cidadãos europeus foi barrada por Gadaffi.

Após anunciar que irá extinguir a "lista negra" para os cidadãos líbios, a Suíça disse que o governo de Trípoli deveria fazer o mesmo e deixar de lado as restrições de entrada.

"O governo está preparado, com a mediação da UE, a retirar a proibição de entrada a algumas categorias de cidadãos líbios", informou o governo suíço em um comunicado.

"Espera-se que a Líbia também suspenda o veto aos cidadãos da área Schengen".

A chefe de políticas de Relações Exteriores da União Europeia, Catherine Ashton, disse após uma reunião com a colega suíça Micheline Calmy-Rey em Bruxelas que aprova o compromisso suíço em encontrar uma saída diplomática para a crise.

"A UE espera que as autoridades líbias reajam positivamente de modo a retirar as medidas restritivas em relação a cidadãos europeus", disse Ashton em um comunicado.

Controvérsia

A controvérsia entre Líbia e Suíça teve início em julho de 2008, quando o filho de Gaddafi, Hannibal, foi detido em Genebra sob acusação de maus tratos a empregados domésticos.

Ele foi solto pouco depois da prisão, mas a Líbia cortou o fornecimento de petróleo à Suíça, retirou bilhões de dólares de bancos suíços e prendeu dois empresários suíços que trabalhavam no país norte-africano.

Um dos empresários foi solto, mas o segundo ainda cumpre sentença de quatro meses de prisão.

"O objetivo da Suíça é a soltura de Max Goeldi. Para isso, o governo está disposto a continuar com as negociações com base nas propostas de dois mediadores europeus", disse o governo suíço.

Segundo a Líbia, a prisão em Genebra e a detenção dos dois empresários não tem ligação.






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