Julgamento deve começar às 8h no Fórum de Cuiabá.
Pedófilo e assassino confesso do garoto Kayto vai a julgamento amanhã

Edson Alves Delfino, preso por violentar e assassinar o garoto Kayto Guilherme do Nascimento Pinto, vai a Júri Popular nesta quinta-feira, dia 25 de março, em Cuiabá. Ele responde por atentado violento ao pudor, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento será presidido pela juíza titular da Primeira Vara Criminal da Comarca da capital, Mônica Catarina Perri Siqueira.

Conforme relatado nos autos, no dia 13 de abril de 2009, por volta das 11h30, Edson Alves Delfino violentou e matou o garoto em um matagal próximo ao Detran. O acusado era conhecido do menino, pois teria realizado serviços de pedreiro no condomínio em que a vítima residia com a família, e a teria enganado oferecendo carona no caminho para a escola. No dia 17 do mesmo mês, o denunciado foi preso em flagrante quando tentava fugir.

O crime

O garoto Kaytto Guilherme Nascimento Pinto (10) desapareceu no dia 13 de abril. Ele foi violentado e assassinado em um terreno baldio a 500 metros do Fórum da capital. O pedófilo Edson Alves Delfino já cumpria pena em regime semi-aberto por um crime semelhante, cometido em 1999, no interior do Estado.

Edson foi preso na noite do dia 17 em um ônibus com destino a Campo Grande (MS). Ao ser preso, o pedófilo levou os policiais até o local do crime, onde o corpo havia sido deixado. O acusado disse à polícia que já conhecia o garoto, pois trabalhou como servente de pedreiro em uma obra no condomínio onde o menino morava com a família. Ele disse ainda que chegou a pintar o escritório do pai da vítima.

Em depoimento, acusado disse que pegou o menino em um ponto de ônibus e para persuadir o jovem ofereceu uma carona de moto até o trabalho do pai do menino. No caminho, o suspeito inventou que precisava pegar um outro capacete que estaria escondido no matagal onde o garoto foi encontrado.

A investigação da polícia revelou também que Edson já havia sido condenado a 46 anos de prisão por violentar e matar a pauladas um garoto de oito anos em Primavera do Leste (231 quilômetros de Cuiabá). Após cumprir nove anos de pena, foi beneficiado com a progressão de regime, passou para o sistema de albergado.