Prefeito de Poconé é avaliado pelo PTB
A direção estadual do PTB se reúne hoje para avaliar o futuro do prefeito Clóvis Damião Martins, de Poconé (a 104 km de Cuiabá). Ele não vem seguindo a orientação partidária e declarou apoio ao vice-governador Silval Barbosa (PMDB) na disputa ao governo. Petebistas vão analisar eventuais punições ao correligionário porque a legenda já anunciou apoio ao prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB).
De acordo com o presidente estadual do PTB e vice-prefeito da Capital, Chico Galindo, na reunião de hoje a direção do partido pode já determinar a investigação do caso pela Comissão de Ética da sigla, o que representará oficialmente o início de um processo disciplinar contra Clóvis Martins. Ainda não há horário confirmado para o encontro. O prefeito de Poconé pode ser até expulso se insistir em descumprir a orientação partidária.
"Vamos reunir o partido e avaliar se o caso deve ser tratado de forma oficial na Comissão de Ética. Prefiro acreditar que isso não seja verdade, já que o prefeito (de Poconé) participou das reuniões em que aprovamos o apoio ao Wilson", afirmou Galindo, ao adotar um discurso moderado evitando falar previamente em punições.
Clóvis Martins declarou apoio a Silval na sexta-feira (26), quando o peemedebista participou com o governador Blairo Maggi (PR) da inauguração do asfalto de trecho da MT-370, conhecida como Transpantaneira.
A declaração de Clóvis Martins causou forte reação no PTB porque a legenda foi a única a declarar abertamente que apoiará Wilson na disputa a governador juntamente com o DEM. Em troca, Galindo herdará o comando da Prefeitura de Cuiabá com a renúncia do tucano até 3 de abril. O prefeito de Poconé alega que está apenas sendo coerente ao retribuir as obras feitas pelo Estado em Poconé e não poderia se furtar ao apoio.
Esse é o primeiro caso de insubordinação e infidelidade que se tem conhecimento na campanha desse ano, mas os casos devem movimentar os bastidores dos partidos até a eleição de outubro. Na disputa eleitoral de 2008, quando foram eleitos prefeitos e vereadores no país inteiro, o PR foi o que registrou o maior número de insubordinados no Estado. Três processos disciplinares foram instaurados na legenda para investigar filiados que apoiaram concorrentes de outras legendas.
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