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Economia
Quarta - 24 de Março de 2010 às 07:22
Por: Marcondes Maciel

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Geraldo Tavares/DC
Produtos prontos para o consumo já estão nas gôndolas dos supermercados da Capital e são mais uma opção ao cardápio
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A Nativ – Indústria Brasileira de Pescados Amazônicos - inaugura no próximo dia 30, a sua unidade fabril no município de Sorriso (460 quilômetros ao norte de Cuiabá) com meta de exportar já neste ano US$ 1 milhão em produtos industrializados. Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Portugal e Espanha já confirmaram interesse na importação de pescados amazônicos como surubim, tambaqui, tilápia e o híbrido pintado da Amazônia.

“Um milhão de dólares em exportações em 2010 é apenas o começo. Esperamos ampliar este volume nos próximos anos e, até 2012, nossas exportações devem representar 20% de todo nosso faturamento, que deverá atingir a cifra de R$ 36 milhões este ano”, anuncia o presidente do Conselho de Administração da Nativ Pescados, José Augusto Lima de Sá.

Ele informou que para 2010 está prevista a produção de oito mil toneladas de peixe, sendo que deste total, três mil toneladas serão industrializadas e canalizadas para consumo interno e exportações. Parte da produção vai para o mercado de São Paulo, para atender o segmento de refeições industriais, cadeias de restaurantes, hotéis e consumidor direto, através dos supermercados.

A Nativ investiu cerca de R$ 150 milhões em todas as fases do projeto – desde a criação, engorda, abate e industrialização. Nesta última etapa – expansão da unidade fabril – a empresa desembolsou cerca de R$ 8 milhões.

De acordo com José Augusto Lima, a projeção de faturamento da Nativ Pescados é de R$ 36 milhões para 2010, R$ 63 milhões para 2011 e R$ 84 milhões para 2012. Os investimentos devem alcançar mais R$ 8 milhões em 2011 e R$ 11 milhões em 2012. “Este empreendimento da Nativ (instalações fabris), representa uma nova fase da aqüicultura brasileira”.

A empresa, fundada em outubro de 2006, iniciou suas operações em 2008, com a linha de produção de carnes in natura e depois com a linha de produtos industrializados.

A Nativ parte para a estruturação da cadeia produtiva, desde a produção de alevinos até o processamento final. “O investimento pode ser visto também como uma resposta do setor privado e, em particular da Nativ, aos incentivos do governo para o desenvolvimento do potencial aquícola brasileiro”, afirma o ministro da Pesca e Aqüicultura, Altemir Gregolin, que deverá estar em Sorriso para participar da inauguração.

POTENCIAL - A empresa emprega 257 colaboradores em suas unidades rurais e indústria, com previsão de gerar 440 empregos diretos até 2012. A capacidade de abate de peixe é de 8 mil toneladas ao ano e a produção de 3 mil toneladas de produtos industrializados anualmente.

A Nativ Pescados cultiva as espécies amazônicas surubim, tambaqui e o híbrido Pintado da Amazônia - resultado do cruzamento do Jundiá da Amazônia com o Surubim - e tilápia. Os produtos são vendidos resfriados e congelados para o varejo e para o mercado institucional de hotéis, restaurantes e catering no mercado nacional. As primeiras exportações foram realizadas em outubro de 2009 para a Suíça.

A aposta nesse mercado não foi por acaso, segundo Pedro Furlan Uchoa Cavalcanti, presidente executivo da Nativ. Dois pontos dão alicerce para esse empreendimento. “Primeiramente, o tamanho e as perspectivas de crescimento da aqüicultura em termos de produção e comércio, de acordo com estudo da FAO. De 2002 a 2006, a aqüicultura de água doce cresceu 32%, enquanto a pesca oceânica de captura decresceu 1,3% no mesmo período. As estatísticas do comércio mostram que esse é um mercado em constante evolução, movimentando cerca de US$ 92 bilhões em 2007, afirma Cavalcanti.






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