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Economia
Domingo - 28 de Julho de 2013 às 08:49
Por: Vanessa Beltrão

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Mesmo com a alta do dólar frente ao real desde março, os brasileiros mantêm a intenção de viajar para fora do País. Dados da pesquisa “Sondagem do Consumidor— Intenção de Viagem” realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) mostram que 23,9% dos participantes tinham como destino o exterior em junho de 2012. Neste ano, o índice é maior e já atinge 26,8%. A moeda norte-americana disparou 13% desde março e está cotada em R$ 2,24.


 
O levantamento é feito em mais de 2.000 domicílios nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo e apura a expectativa das famílias em relação aos serviços de turismo nos próximos seis meses.


 
Além disso, dados do Banco Central mostram que os gastos dos brasileiros fora do País chegaram a R$ 4,28 bilhões (US$ 1,92 bilhão) e bateram recorde em junho deste ano.


 
Segundo o diretor do departamento de estudos e pesquisa do Ministério do Turismo, José Francisco Lopes, a alta do dólar na decisão de não viajar para fora do País afeta uma pequena parcela e ainda não pode ser considerada como uma tendência.


 
— A força econômica do turismo brasileiro é o doméstico. O brasileiro gosta muito de viajar por pontos turísticos brasileiros e viaja pelo seu próprio Estado... O Sudeste tem uma tendência de viajar para o Nordeste.


 
 
Mesmo com a diminuição desde abril deste ano da intenção dos brasileiros de viajarem ao exterior, quando 30,6% dos pesquisados disseram sim, e, em relação a junho, esse índice chegou a 26,8%, Lopes afirmou que esse é um movimento sazonal e que ainda não se pode atribuir à alta do dólar.


 
Impacto no lazer


 
De acordo com o CEO da operadora de turismo online Aldeia Brasil, Rubens Yoshida, o aumento da moeda americana frente ao real impacta muito mais no lazer dos brasileiros no exterior do que na compra da passagem.


 
— A alta do dólar espanta um pouco no processo da compra do entretenimento. A gente vê sim que muita gente deixou de comprar uma viagem para fora por conta de não ter dinheiro para fazer diversão. Por exemplo, parque, show ou fazer a compra que desejaria.


 
De acordo com Yoshida, em relação ao mercado nacional, não houve muita diferença de venda porque se você for comprar hoje uma passagem de São Paulo para Belém do Pará, o preço pode chegar a R$ 2.300.


 
— Dependendo da localidade que você vai é muito mais caro viajar internamente do que fora. O fluxo de viagens continua o mesmo.  


 
Yoshida afirma ainda que o impacto das vendas só deve ser sentido entre agosto e setembro.
 





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